SinceraMente
Por Fagne Alexandre
A história dos homens ainda não registrou nenhum período no qual a sociedade vivesse uma política que merecesse o nome de arte de administrar, contudo o termo foi forjado na Grécia Antiga juntamente com outro similar, democracia, na tentativa de engrandecer uma forma peculiar daquele povo conviver. Como o velho mundo permanece, no atual, os dominadores continuam induzidos os cidadãos ao erro com sua linguagem dúbia, não por acaso, mas condizentes com regras de um poder concentrador e dinástico.
A permanência no poder é uma das principais características dos administradores modernos, não que isso sendo legitimado pela competência de governar e pela anuência do povo seja ruim, mas se o principal motivo deixa de ser administrar para criar condições favoráveis a um mandato consecutivo disto resulta uma incompetência administrativa. Logo, a administração deve voltar-se ao pleno desenvolvimento de sua capacidade e competência, distanciando-se o máximo possível dos interesses pessoais.
Infelizmente, hoje, a maioria dos administradores é absolutamente incompetente tendo eles como principal característica a corrupção, além deste mal imensurável praticam outros males menores. É importante destacar que menor é tão somente uma relação entre um e outro, pois visto a olho nu os males praticados por maus administradores são quase todos enormes. O superfaturamento em obras é somente mais uma das opções de desviar os nobres préstimos da política posto que a própria licitação já nasce de cartas marcadas.
Obviamente a facilidade de encontrar provas quando os interesses são outros não é algo simples, por isso para o povo, que ver mais não pode julgar, é difícil ver o julgamento por quem de direito daquilo que se ver nas ruas. Contudo em alguns casos isolados, muitas vezes, totalmente ao julgamento, não somente aos olhos de todos, surge um acontecimento, o qual diríamos novidade não fosse pela percepção judicial. Quem pode acreditar que tenha surgido a “política” com propósitos de beneficiar o social se seu corpo e membros se encontram em pleno descaso? A justiça não pode julgar tal questão, mas a sociedade pode ver algo além deste descaso que aí se encontra.
Politicagem, um termo mais recente que política, pois este surgiu daquele, mas mais conhecido e praticado, defendido arduamente por representantes que se dizem políticos. Sábias palavras bíblicas, “atentai e vigiai”, pois segundo Shakespeare, “existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha tua vã filosofia”, não é possível que os olhos que vêem tanta corrupção possam acreditar em uma verdadeira política, mas ela existe.
O fazer dos politiqueiros é sempre com o intuito de levar o povo acreditar exatamente naquilo que não estão vendo, criar condições que deixe o povo cada vez mais distante da verdadeira política. Quando corrompem querem que acreditem que conquistam, quando enganam desejam que a visão seja da política, culpando-a de trágica.
Uma tragédia, este seria o termo que bem descreveria a politicagem, mas o sentido do termo é moderno, ao contrário da prática. A tragédia nasceu na Grécia Antiga, passou por inúmeras sociedades, chegou a nossa e permanece, porém ganhou um novo sentido, este sentido bem aplicado a alguns acontecimentos públicos.
Quanto à política em raros casos ela é conhecida, mas continua como uma bela possibilidade da convivência social.
Fagne Alexandre
Graduado em letras pela UECE/FECLESCEx-Professor da Escola Cônego
Funcionário de empresa de economia mista
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