terça-feira, 15 de março de 2011

Vejo com tristeza o que estão fazendo com o carnaval de Quixadá, diz diretor do Pitchu


"Que tristeza ver os blocos nessa guerra, brigando por um titulo, e que titulo?
O diretor do Pitchu Babau, Clistenes Silveira, que de forma até surpreendente não colocou o bloco de maior tradição para disputar o carnaval 2011 da cidade de Quixadá  ele falou com a reportagem do portal Revista Central e fez um verdadeiro desabafo sobre todo o episódio que está ocorrendo mesmo após o carnaval. “Fico muito a vontade em falar do Carnaval de Quixadá, pois dediquei 20 anos da minha vida a ele, sempre buscando entre idas e vindas credenciar a minha querida cidade ao título de maior representante carnavalesca do Sertão Central”.
O bloco Pitchu Babau chegou a participar da transição do carnaval de clube para o carnaval do povo nas ruas, “lembro-me das acirradas disputas no Balneário Cedro Clube, lembro também que existia uma energia diferente, uma grande alegria que contagiava as pessoas que participavam, acho que foi esse sentimento que me fez acreditar que era momento de introduzir no carnaval de rua grandes blocos carnavalescos”, citou.

De acordo com o diretor, no inicio eram o Pitchu Babau, Aquelas coisas de Paris e Tô Nem Ai, davam o ar da graça, logo chegaram outros e o carnaval ao longo dos anos foi se transformando na referência da região, “tínhamos disputas mais não costumávamos querer ganhar a qualquer custo, tínhamos a banda de música comandando com muito frevo o Mela Mela da praça, o carnaval era simples, mais era do povo”, destacou.
“O que muito me entristece é de saber que o nosso carnaval está tomando outros rumos, tantos anos de dedicação, falo por mim mais foram muitos, amigos e carnavalescos que aqui faziam do carnaval uma grande brincadeira séria, vieram pessoas para aprender e copiar o belo carnaval de Rua de Quixadá, e hoje? Hoje o momento é outro, por conta da intolerância de alguns representantes de blocos emergentes e da indiferença de quem realmente deveria assumir essa tão importante festa para o calendário quixadaense é que estamos ficando empobrecidos de cultura”, desabafou.
O diretor continuar, “é minha gente, dizem que o som faz barulho, que a massa suja, e os delinquentes usam drogas, ora, se vamos realizar o evento vamos dar condições para que o bem comum possa prevalecer, o som deve continuar tocando desde que se tolere um limite, o tradicional Mela Mela deve continuar acontecendo e quem quiser fazer algo de errado que seja coibido por quem de direito deve garantir a nossa cidadania, é muito fácil fazer valer uma lei amedrontando e afastando o público, pessoas, turistas que aqui costumam frequentar neste período o carnaval, as autoridades deveriam dar todo suporte e garantir a ordem sem repressão, pois aqui estava e fiquei decepcionado com tanta conduta e pouca tolerância”.
Clistenes Silveira disse que ver com tristeza tudo o que está acontecendo, “por fim, que tristeza ver os blocos nessa guerra, brigando por um titulo, e que titulo? Vejo um triste fim para essas “agremiações”, acho que acertamos em cheio, a participação do bloco de maior tradição do carnaval de Quixadá Pitchu Babau está condicionada ao respeito e a dignidade de quem conduz a festa, ainda bem que ficamos de fora esse ano”, finaliza.


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