A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) negou que o seu padrinho político e atual ocupante do cargo, Luiz Inácio Lula da Silva, irá antecipar medidas duras e impopulares para evitar um desgaste dela no começo do seu governo.
"Eu só vou querer coisas que sejam necessárias. Então, é necessário que a gente avalie a situação para a gente tomar medidas. Não acredito que o presidente vai tomar medidas duras. O presidente vai fazer aquilo que ele tem que fazer. Não tem o menor sentido tomar um saco de maldades", afirmou Dilma, em entrevista ao "Jornal do SBT".
No entanto, Dilma admitiu que pode haver mudanças na política econômica até o final do ano.
"Olha, o que acho que pode ter modificações agora, porque nós vamos botar o orçamento. Sempre que você bota o orçamento, tem que fazer ajustes."
Entre as medidas duras que Lula poderá tomar é negar o pedido do Judiciário para que seja concedido um reajuste de 56% ao funcionalismo público dessas categorias. Há projeto no Congresso tramitando nesse sentido.
Lula pode assumir o desgaste de bancar um reajuste menor, concedendo a inflação no período. O presidente também está disposto a negociar com o Congresso um orçamento menor.
A ideia é aproveitar a alta popularidade de Lula para tomar decisões que possam ser desagradáveis.
Extraído do Blog do Ricardo Noblat
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