Todos os casos foram examinados exaustivamente pelo Laboratório Central de Saúde Pública.
Há alguns dias a redação do portal Revista Central recebeu denuncia dando conta que uma mulher grávida, moradora da cidade de Quixadá, no Sertão Central cearense, tinha vindo a óbito, após ter dengue hemorrágica, mesmo com o caso, nenhum dado da Secretária Municipal da Saúde de Quixadá confirmava a morte, porém, nossa produção entrou em contato com a Secretária Estadual de Saúde, e por via e-mail nos confirmaram que de fato, Quixadá tem um caso de morte por dengue.
De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado, foram confirmados, até o dia 18 de fevereiro, 08 oito óbitos nos seguintes municípios: Itapipoca (02), Itaitinga (01), Icó (01), São Gonçalo do Amarante (01), Quixadá (01 puérpera), Caucaia (01) e Acarape (01). Metade destes óbitos foi registrada em crianças menores de seis anos. Mesmo com a confirmação a campanha de combate a dengue na cidade não tem sido colocada como prioridade.
Todos os casos foram examinados exaustivamente pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), com a realização de sorologia, isolamento viral e PCR, método molecular de diagnóstico de dengue. Somente em caso de não confirmação de óbito por dengue por esses testes, as amostras são enviadas ao Laboratório Evandro Chagas, em Belém (PA), laboratório de referência do Ministério da Saúde, para a avaliação imunohistoquímica, capaz de determinar de forma segura a causa da morte, mas com prazo de até um ano. A exemplo do que aconteceu na epidemia de 2008, a Secretaria da Saúde do Estado está orientando os profissionais de saúde a admitir como dengue todo tipo de virose. A orientação leva em consideração o risco potencial de aumento de casos graves, particularmente em crianças menores de 10 anos, que podem levar à morte.
Antes, toda a confirmação de óbito por dengue no Ceará dependia da investigação do Laboratório Evandro Chagas. A investigação realizada pelo Lacen permite maior rapidez na confirmação dos óbitos por dengue, informação fundamental para a Vigilância Epidemiológica. Para o início da investigação, o corpo é encaminhado ao Serviço de Verificação de óbito (SVO), unidade da Secretaria da Saúde, quando o médico que acompanhava o paciente não teve condição de emitir atestado ou quando não houve acompanhamento médico. A investigação epidemiológica é importante para a definição clínica e laboratorial do caso e identificação do local de infecção. Essas são informações importantes para orientar as ações de controle e tratamento da doença.
Desde o ano passado, a Sesa vem alertando os prefeitos e secretários municipais e os profissionais de saúde sobre o risco maior de mortes em crianças e adolescentes com menores de 16 anos. Isso porque o vírus 1, que desde 1995 não circulava no Ceará, voltou a ser transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Quem nasceu de lá para cá não está imune ao vírus 1. Os adultos, na grande maioria, já foram contaminados e assim estão livres do vírus tipo 1 da dengue. Nesta sexta-feira, 18 de fevereiro, a Secretaria da Saúde lançou Nota Técnica fazendo novo alerta aos profissionais de saúde sobre o diagnóstico e o tratamento da dengue.
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Prefeitura Municipal de Quixadá
Fone: (88) 3412-3864
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