Celulares substituíram os geradores no maior hospital da região.
O nordeste brasileiro ficou no escuro durante duas horas na madrugada de ontem para hoje, os transtornos causados foram incalculáveis. Mas em Quixadá, no Sertão Central cearense, os problemas foram ainda maiores e principalmente no Hospital Dr. Eudásio Barroso, pacientes tiveram que usar lanternas dos aparelhos celulares.
“Estávamos com a minha mãe, ficamos apavorados, não tinha geradores para clarear, ficamos muito tempo no escuro, chegou energia e os geradores não apareceram. Tinha paciente que estava provocando sangue, o pessoal estava clareando com celulares. A saúde está muito fraca”. Denuncia o mototaxista Raimundo Valderir Alves, 33 anos. De acordo com o denunciante, varias pessoas estavam esperando atendimento médico, ficando suspensos por conta da escuridão.
A unidade de maior atendimento hospitalar do Sertão Central cearense, encontra-se sem geradores e que em casos similares, fatalidades podem acontecer. A reportagem do portalRevista Central procurou a direção do Hospital Dr. Eudásio Barroso, o mesmo confirmou a denuncia, de acordo com o Diretor Geral, Dr. Maximiliano Ludemann, no momento não havia atendimento de urgência, como cirurgias, mas que foi um verdadeiro sufoco em consequência da falta de sistema elétrico interno. “No momento do apagão já era em um horário muito avançado e a procura no hospital não era tão grande, mas foi um grande sufoco, o que colocou em risco todos os pacientes e equipes médicas. Foi um momento de apreensão, com a possibilidade de chegar à emergência paciente em estado grave. A sorte foi esta”. Afirma o diretor. Em outro trecho em foi categórico em afirmar, “não tinha nenhum paciente em processo cirúrgico, mas no momento estávamos sem geradores o que complicou mais a situação. Só temos lâmpadas de emergência e os geradores não funcionam”, concluiu.
Este fato chama a atenção e deve ser investigada pelo Ministério Público, uma vez que há possibilidade de novos acontecimentos, o que coloca toda a população em risco por ter um hospital sem geradores. Neste caso tudo foi resolvido em consequência da falta de paciente para receber um atendimento mais delicado, todavia, se, por exemplo, tivesse paciente naquele momento se submetendo a uma cirurgia mais grave poderia ter perdido a vida por negligencia dos gestores da saúde de Quixadá.
Apagão
Quem também sofreu prejuízos foram os comerciantes do ramo de bares e restaurantes noturnos, muitos clientes estavam no momento do apagão e tiveram que deixar de consumir, gerando prejuízos para os mesmos. O proprietário do Drink Bar, Francisco Duarte Matias, garantiu que o seu estabelecimento estava super lotado, “tive prejuízo, porque o pessoal começou a sair, graças a Deus que pagaram, mas deixei de vender”, ele ainda vai contabilizar os prejuízos.
0 Comentários:
Postar um comentário