sábado, 16 de abril de 2011

População denuncia: Orelhões públicos estão totalmente abandonados em Choró


Por Jonathas Oliveira
Moradores apelidaram os orelhões de “pai de santo” e estão indignados com a falta de manutenção.
Fazer uma simples ligação em Choró, no Sertão Central cearense, está causando muita insatisfação dos usuários de telefones públicos. A população reclama que a maioria dos aparelhos está inativa e totalmente danificados, a reportagem do portal Revista Central, fez um giro pela cidade e comprovou a veracidade da denúncia dos moradores, grande parte da frota de orelhões está totalmente sucateada e sem condições de uso.
Há muitos meses usuários tentam usar o serviço mais são impedidos por conta que alguns aparelhos simplesmente não funcionam, em outros orelhões, usuários quando ligam, quem está do outro lado não escuta absolutamente nada. A OI/telemar responsavel pelo gerenciamento só tem feito promessas , porém, solução ainda não foi encontrada.

Na Avenida Nossa Senhora de Fátima, um orelhão instalado enfrente a delegacia da cidade está a ponto de cair, também não funciona, ele servia de comunicação dos cidadãos com o efetivo policial, já que a unidade policial não disponhe de um telefone fixo em suas instalações. O Cabo PM Filho explica que há mais de oito meses o orelhão encontra-se sem sinal e como o mastro enferrujado. A solução encontrada para a comunicação da população com os políciais foi disponibilizar o numero do seu celular particular.  Já na Rua José Baltazar de Queiroz quem fala sobre o problema é a Aposentada, Maria do Carmo Lima Lopes, 71 anos, ela diz que há pelo menos quatro meses o orelhão de sua rua está quebrado, “a gente tem celular, mais às vezes eu acho mais barato ligar do orelhão pra falar com meus familiares que moram em outras cidades, e há meses ele se encontra nessa situação e ninguém toma providências”, reclama a moradora.
Na Avenida Coronel João Paracampos, bem no Centro, a cabine está intacta mais o aparelho completamente danificado. Segundo o Mototaxista, Gean Walber de Sousa Silva, 26 anos, há aproximadamente cinco meses o orelhão que servia de contato com clientes no ponto dos mototaxis também está sem sinal. O problema é ainda mais agravante na Rua José Clarindo de Brito, flagramos um morador segurando o orelhão em quanto ligava no meio da via pública. Arimar de Sousa Silva, 40 anos, relata que já tinha andado horas procurando um orelhão, mas não conseguia o contato, já que nos outros as ligações interurbanas quando eram atendidas caiam. Como aquele era o único mais próximo, resolveu ligar de uma forma diferente. Segurava em quanto ligava. “Eu acho isso um descaso, a empresa responsável tem que tomar uma atitude sobre isso, na realidade não entendendo o porquê do abandono desses telefones”. A residente, Maria de Lurdes Alves, 51 anos, perdeu a conta de quantas vezes ligou reclamando que o orelhão estava no chão, já que o mesmo fica localizado enfrente a sua residência. “Passou três meses no chão, quando alguém ligava a gente era obrigado a ficar de ‘cocas’ para atender a ligação, ligamos muitas vezes reclamando, deram o prazo de 24 horas mais já se passaram oito meses e nada, a solução que encontramos foi amarrá-lo na arvore que fica próximo dele”. Já na Rua Hilda Bezerra Piancó, dois orelhões só recebem, os moradores apelidaram os orelhões de “pai de santo”.
A reportagem do portal Revista Central, entrou em contato com a central de atendimento da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o atendente explica que a Anatel, obriga que as concessionárias de telefonias que façam o conserto dos aparelhos quebrados em área urbana em oito horas com prazo máximo de até 24 horas depois de receberem reclamação. Já os telefones instalados em áreas de difícil acesso como sítios e bairros rurais, esse prazo é estendido para cinco dias. A empresa que não cumpre está sujeita a advertência ou mesmo multa por parte da reguladora. A Anatel ainda informou que as denúncias sobre problemas com telefones públicos podem ser recebidas através do número 1331 ou pelo link "Fale Conosco", encontrado no site www.anatel.gov.br.
A Anatel informou ainda que essas concessionárias possuem sistemas que permitem a identificação de quantos e quais orelhões estão sem funcionar, sem a necessidade de a população gerar essa demanda. Essa deficiência, neste caso específico, não é somente por falta de manutenção da empresa responsável, mas sim, de vândalos que destroem os bens públicos.
A reportagem do portal Revista Central levou o problema até a Promotoria Pública de Choró, indagada a Promotora de Justiça, Drª. Ana Karine Serra Leopércio, explica que irá oficiar a empresa OI/Telemar para um posicionamento sobre o caso e tomar as devidas providências o mais breve possível. “No caso de falhas nos aparelhos é de responsabilidade da empresa atender o chamado dos usuários de acordo com as normas da Anatel e no caso de vandalismo o maior que quebrar pode responder a processo crime e o de menor a ato infracional”.
Foi tentado um contato com a assessoria de imprensa da empresa pela reportagem para comentar a situação, porém não foi possível contato até o final desta reportagem. Em Choró a OI/Telemar não possui funcionários encarregados de prestar atendimento à população.
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Jonathas Oliveira
Correspondente em Choró
(88) 9454-0003/9418-0369
E-mail/MSN: jonathasmaci@hotmail.com


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