por Jackson Perigoso
Eles até se cumprimentaram com tapinhas.
O XV Encontro dos Profetas da Chuva, realizado no último sábado, 8, no açude Cedro, foi marcado por uma vasta cobertura da mídia e atraiu além de 40 “profetas” e pessoas de varias cidades, mas, o que chamou a atenção foi a presença de dois políticos que já foram amiguíssimos e hoje são inimigos políticos. Parece que a organização nem percebeu que na última cadeira sentou-se Ilário Marques coladinho com Cristiano Goes. Eles aproveitaram a ocasião e se cumprimentaram com ‘tapinhas’, porém, teve até conversa ao logo das quase 3 horas de profecias.
O Portal Revista Central fez um pequeno relato do casamento que terminou de forma idêntica a muitos outros.
Eles foram companheiros de lutas, marcada por uma trajetória vitoriosa, conseguiram derrubar as oligarquias coronelistas que imperavam no município de Quixadá, no Sertão Central cearense, nos anos 90, suas ideologias foram responsáveis pela junção da dupla que em 1992 elegeu José Ilário Gonçalves Marques, como prefeito de Quixadá, quebrando um circulo vicioso de Baquit/Carneiro. No mesmo ano Francisco Cristiano Maciel de Goes elege-se como vereador do município e se licencia para exercer a Secretária de Cultura na primeira gestão de Marques. Em 1996 retorna a Câmara Municipal, sendo reeleito em 2000.
Em 1998, Marques conquistou mandato no parlamento estadual, onde ocupou o cargo de terceiro secretário na mesa diretora e, novamente, retornou à chefia do Executivo quixadaense em 2001, dessa vez, Goes torna-se presidente da Câmara com aval do seu companheiro inseparável. Ilário é reeleito em 2004, na qual Cristiano Goes foi seu vice. Durante o mandato dos dois, por diversas vezes Goes assume a prefeitura, principalmente no período que Ilário sofreu um acidente de helicóptero fazendo campanha de Lula.
Com experiência suficiente para gerir o comando da Prefeitura Municipal de Quixadá e para não permitir que os interesses petistas fossem encerrados, Cristiano Goes inicia dois anos antes das eleições de 2008 uma campanha que seria candidato a prefeito, com apoio de Ilário Marques. No meio de um marketing caríssimo a figura do jovem Cristiano ganha a cidade, porém, um nome surge e muda os gostos de Marques, era Rômulo Nepomuceno Bezerra Carneiro. Mesmo sabendo que a escolha do candidato petista seria via votação, Goes pensava que o chefe maior do comando petista no município, estaria ao seu lado e tudo seria resolvido com a palavra final de Ilário Marques, foi então que mês de maio de 2008 na Serra do Estevão, uma amizade /parceria foi ceifada quando foi anunciado que o candidato do PT seria Rômulo Carneiro. Goes recusa ser o vice na chapa.
A partir dessa “traição” como foi classificada. Francisco Cristiano Maciel de Goes, rompe literalmente com o seu comandante e com o seu partido, chegou até a apoiar o candidato tucano, contrariando assim, as suas convicções políticas ideologias. Já Marques foi avançando na vida política e parece que levou a mesma rasteira que supostamente havia dado em Goes, quando foi esmagado na pré-eleição estadual do partido Vermelho.
É difícil saber quem de fato foi o “Judas” no capitulo dessa novela, se Marques que renegou a Goes ou o apoio de Goes aos tucanos. Sabe-se que desde então o mais estruturado partido do município vive momentos de discórdias, desamores e desfiliações. E de arquibancada, Cristiano assiste na melhor posição todas as derrotas de Ilário, seu ex-general.
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