Radialista sofre atentado em Morada Nova

Franzé Rodrigues, da Rádio Liberal AM, foi emboscado em ao voltar do trabalho e alvejado várias vezes com munição de baixo calibre.

O radialista Franzé Rodrigues, de 36 anos, foi vítima de um atentado na noite de ontem, em frente a casa onde mora no município de Morada Nova (Região Jaguaribana), localizado a 170 quilômetros de Fortaleza.

Segundo informação dos vizinhos, Franzé havia voltado da sede da Rádio Liberal AM, onde trabalha, e ao estacionar seu veículo em casa, por volta das 19h30min, foi alvejado por vários disparos. Os vizinhos também disseram que dois ou três homens atiraram com o que pareciam ser espingardas de caça. Depois, fugiram a pé para um matagal. Franzé sofreu vários ferimentos na região do tórax, rosto e pescoço.

Francisco Clésio de Souza, técnico de enfermagem do setor de emergência do hospital de Morada Nova, que fez os primeiros atendimentos à Franzé, informou que os disparos que alvejaram o radialista “são de baixo calibre” e muito provavelmente cartuchos “de chumbinho”. Assim sendo, nenhum ferimento no tórax atingiu algum órgão vital do radialista.

Apenas um ferimento no pescoço, próximo à veia jugular de Franzé, seria de maior risco. Por isso o radialista foi encaminhado ainda na noite de ontem ao Instituto José Frota, na Capital, para passar por uma cirurgia mais delicada para retirar os fragmentos de bala ao redor da área.

Ameaças

Amigos de Franzé informaram que ele havia sido ameaçado de morte já há algum tempo.

Franzé Rodrigues faz cobertura policial. Recentemente fez várias reportagens sobre os criminosos da Região Jaguariana.

Após o atentado, funcionários do hospital informaram que receberam ligação anônima, dizendo que Franzé seria o alvo de mais uma emboscada, ainda enquanto estivesse na ambulância. Por isso, a Polícia de Morada Nova o escoltou no trajeto até o IJF.

Franzé estava, até a noite de ontem, consciente e não corria risco de morrer, com o estado de saúde estável. A reportagem tentou contato com o radialista até as 22h40min, mas sem sucesso.

Henrique Gonçalves
Com informações do Jornal O POVO