Por Karpegeanne Vieira
"a prova que existem bandidos de toga é que os corregedores não me corrigiram" Eliana Calmon.
Pois é, olha eu aqui de novo
trazendo um assunto que é de lascar mesmo, a possível corrupção na justiça
brasileira, alguém deve pensar, mais isso toda vida existiu, venda de
sentenças, juízes corruptos e uma justiça lenta e corrompida...
A polêmica foi gerada por
declarações da corregedora nacional de justiça, Ministra Eliana Calmon, em uma
declaração disse haver na justiça brasileira “bandidos de toga”, a declaração
diga-se de passagem muito polêmica foi confirmada pela Ministra em entrevista
no Programa Roda Vida da TV Cultura.
Assisti a todo o programa e
pude ver que a magistrada de carreira se tornou uma verdadeira pedra no sapato
de alguns magistrados, a postura firme da corregedora que tem como principal
papel investigar desvios de conduta no judiciário brasileiro não é recebido com
bom grado por parte de alguns juízes.
A Ministra foi mais além,
disse que o problema da Justiça não está com juízes de primeiro grau e sim nos
tribunais. Vixe será que a Ministra tem razão? Para Eliana Calmon os juízes de
primeiro grau têm as corregedorias que mesmo ineficientes conseguem funcionar
muito bem, o problema está nos tribunais.
. “Os juízes de primeiro grau tem a corregedoria.
Mesmo ineficientes, as corregedorias tem alguém que está lá para perguntar,
para questionar. E existem muitas corregedorias que funcionam muito bem. Dos
membros dos tribunais, nada passa pela corregedoria. Os desembargadores não são
investigados pela corregedoria. São os próprios magistrados, que sentam ao lado
dele, que vão investigar” disse a Ministra em tom de critica.
Ora vejam só, trocando em miúdos para que nosso
leitor entenda, se um juiz do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (aqueles
que estão com os processos de corrupção de Ibaretama) fizer alguma lambança,
sabe quem vai investigar esse juiz? Outro juiz companheiro dele, ou seja,
alguém que não vai ser imparcial nos fatos, por isso, a Ministra defende a
atuação de instancias superiores na investigação da conduta de magistrados
principalmente dos tribunais.
Decisões de juízes principalmente em municípios
pequenos que se enquadram em primeiro grau como afirmou a ministra têm tomado
decisões que a população tem questionado, no sertão central cearense tivemos
recentemente uma manifestação da população em um grande jornal de circulação
sobre a decisão de um magistrado, que assumia a vara de Quixadá.
Claro, logo o magistrado veio a público, publicou
nota e tudo mais, e ai, onde fica o direito a livre expressão? (salvo alguns
exageros cometidos), “como em toda classe existem os bons e os maus” palavras
de Eliana Calmon. Quer dizer que um Juiz pode errar, e nós, cidadãos de bem
temos que ficar calados, porque a justiça é intocável, negativo, Eliana Calmon
foi mais além e defende o controle do judiciário e investigações do próprio
Conselho Nacional de Justiça.
A Associação dos Magistrados no Brasil (AMB)
questiona a atuação do CNJ na investigação e punição dos magistrados, claro que
uma associação de classe não ficaria a favor, foi criada para isso, representar
seus interesses, a Ministra defende a atuação mais dura do CNJ, segundo a
Ministra mais de duas mil investigações correm por conta da corregedoria
nacional, para ela afirmar que esse ou aquele juiz cometeu deslizes é demorado
devido a cultura de que a justiça é intocável. “mais essa cultura está mudando”
afirmou a ministra.
Enquanto isso, aqui em Ibaretama, seguimos em uma
terra sem lei, estamos sem juiz na cidade há três meses, o presidente da OAB Ceará criticou o Tribunal de Justiça em sua gestão e o abandono dos fóruns e comarcas do interior, acho que isso é um reflexo do auto-poder, enquanto isso, estamos aqui de olho em tudo, até na justiça.
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1 Comentários:
Olá amigo Kapegianne, pauta muito interessante, todavia, não vou me meter não senão alguns juízes vão achar que estou provocando o Poder Judiciário.
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