quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Nem Ki Se Laske: Os bandidos usam Toga?


Por Karpegeanne Vieira

"a prova que existem bandidos de toga é que os corregedores não me corrigiram" Eliana Calmon.

Pois é, olha eu aqui de novo trazendo um assunto que é de lascar mesmo, a possível corrupção na justiça brasileira, alguém deve pensar, mais isso toda vida existiu, venda de sentenças, juízes corruptos e uma justiça lenta e corrompida...

A polêmica foi gerada por declarações da corregedora nacional de justiça, Ministra Eliana Calmon, em uma declaração disse haver na justiça brasileira “bandidos de toga”, a declaração diga-se de passagem muito polêmica foi confirmada pela Ministra em entrevista no Programa Roda Vida da TV Cultura.


Assisti a todo o programa e pude ver que a magistrada de carreira se tornou uma verdadeira pedra no sapato de alguns magistrados, a postura firme da corregedora que tem como principal papel investigar desvios de conduta no judiciário brasileiro não é recebido com bom grado por parte de alguns juízes.

A Ministra foi mais além, disse que o problema da Justiça não está com juízes de primeiro grau e sim nos tribunais. Vixe será que a Ministra tem razão? Para Eliana Calmon os juízes de primeiro grau têm as corregedorias que mesmo ineficientes conseguem funcionar muito bem, o problema está nos tribunais.

. “Os juízes de primeiro grau tem a corregedoria. Mesmo ineficientes, as corregedorias tem alguém que está lá para perguntar, para questionar. E existem muitas corregedorias que funcionam muito bem. Dos membros dos tribunais, nada passa pela corregedoria. Os desembargadores não são investigados pela corregedoria. São os próprios magistrados, que sentam ao lado dele, que vão investigar” disse a Ministra em tom de critica.

Ora vejam só, trocando em miúdos para que nosso leitor entenda, se um juiz do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (aqueles que estão com os processos de corrupção de Ibaretama) fizer alguma lambança, sabe quem vai investigar esse juiz? Outro juiz companheiro dele, ou seja, alguém que não vai ser imparcial nos fatos, por isso, a Ministra defende a atuação de instancias superiores na investigação da conduta de magistrados principalmente dos tribunais.

Decisões de juízes principalmente em municípios pequenos que se enquadram em primeiro grau como afirmou a ministra têm tomado decisões que a população tem questionado, no sertão central cearense tivemos recentemente uma manifestação da população em um grande jornal de circulação sobre a decisão de um magistrado, que assumia a vara de Quixadá.

Claro, logo o magistrado veio a público, publicou nota e tudo mais, e ai, onde fica o direito a livre expressão? (salvo alguns exageros cometidos), “como em toda classe existem os bons e os maus” palavras de Eliana Calmon. Quer dizer que um Juiz pode errar, e nós, cidadãos de bem temos que ficar calados, porque a justiça é intocável, negativo, Eliana Calmon foi mais além e defende o controle do judiciário e investigações do próprio Conselho Nacional de Justiça.

A Associação dos Magistrados no Brasil (AMB) questiona a atuação do CNJ na investigação e punição dos magistrados, claro que uma associação de classe não ficaria a favor, foi criada para isso, representar seus interesses, a Ministra defende a atuação mais dura do CNJ, segundo a Ministra mais de duas mil investigações correm por conta da corregedoria nacional, para ela afirmar que esse ou aquele juiz cometeu deslizes é demorado devido a cultura de que a justiça é intocável. “mais essa cultura está mudando” afirmou a ministra.

Enquanto isso, aqui em Ibaretama, seguimos em uma terra sem lei, estamos sem juiz na cidade há três meses, o presidente da OAB Ceará criticou o Tribunal de Justiça em sua gestão e o abandono dos fóruns e comarcas do interior, acho que isso é um reflexo do auto-poder, enquanto isso, estamos aqui de olho em tudo, até na justiça. 


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1 Comentários:

Alex Pimentel disse...

Olá amigo Kapegianne, pauta muito interessante, todavia, não vou me meter não senão alguns juízes vão achar que estou provocando o Poder Judiciário.