sábado, 12 de novembro de 2011

Acadêmicos de Direito da Faculdade Católica realizam protesto contra mudança de grade curricular


Alunos garantem que haverá boicote no pagamento das mensalidades. Caso diretor não desista da ideia.
Os estudantes do curso de Direito da Faculdade Católica Rainha do Sertão, realizaram na noite desta sexta-feira, 11, um grande protesto contra uma possível mudança na grade curricular. Conforme os acadêmicos a direção da instituição privada tenta reduzir mais uma vez a matriz curricular, alegam ainda que esta mudança acarretará em sérios prejuízos ao bom desenvolvimento do curso que já é considerado como um dos 100 melhores país. A mudança pode ter objetivo de enxugar despesas.
Conforme relatos, a mudança aconteceria de forma silenciosa e que jamais os prejudicados ficariam sabendo da alteração, mas a pólvora vazou, contagiou os acadêmicos que resolveram tomar medidas com objetivo de evitar que mais uma vez acontecesse mudança no curso que recentemente recebeu média 4 na avaliação do Ministério da Educação. Destaca-se que a média máxima do MEC é 5.

Em nota, a direção da Faculdade Católica de Quixadá alegou que: - as matrizes curriculares definidas para a implantação no semestre de 2012.1 foram objetivo de longo estudo da Diretoria Acadêmica e das Coordenações dos Cursos, devidamente assessorada pela CM Consultoria. Com vista à estruturação destes e um melhor alinhamento do perfil dos egressos com as demandas e desafios contemporâneos.
Na quinta-feira,10, acadêmicos de Direito protestaram vestindo a cor preta e foram recebidos pela direção, entretanto, foram colocados seis seguranças na porta da sala do diretor, a classe estudantil classificou como um mecanismo de intimidação e falta de respeito para com os estudantes do curso que jamais buscou sanar os conflitos de forma violenta. Na audiência o diretor Manoel Messias deixou claro que não negociaria sobre pressão, impôs que todas as postagens nas redes sociais sobre o assunto e uma faixa fossem retiradas, além do fim da mobilização, mas não obteve sucesso. Muitos estudantes alegam que houve uma tentativa de cerceamento da liberdade expressão.
Revoltados com tantos atos constrangedores, os acadêmicos protestaram na noite desta sexta-feira,11, em frente a entrada da instituição. Eles decidiram que caso a direção continue com a tentativa mudança na grade, haverá um boicote no pagamento das mensalidades dos meses de novembro e dezembro, bem como uma possível transferência em massa para outras instituições, além de um acordo para que nenhum estudante do curso faça a matricula no próximo semestre caso seja de fato alterada.
Preocupado com o curso de Direito, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, subsecção regional em Quixadá, Dr. Gladson Alves do Nascimento compareceu ao ato e se comprometeu a busca dialogo com objetivo de sanar este impasse. Inclusive com a presença de membros da OAB estadual.
Para os próximos dias haverá novas mobilizações. Alunos de outros cursos já se mostram preocupados, tendo em vista que a maior receita da instituição é oriunda de pagamento das mensalidades dos acadêmicos de Direito e um possível boicote poderá colocar em xeque as obrigações da faculdade. Já são quase 400 estudantes de direito.
A mudança conforme os protestantes, será geral, com abrangência para quase todos os cursos. Para se ter uma ideia a carga horária do curso de Direito atualmente é de 4.000 horas, passaria para 3.700, porém, era de 4.300 anteriormente.
“Para os estudantes colocaram 6 seguranças, mas na hora do assalto tinha apenas 2”, gritou uma manifestante quando outra aluno discursava.
Alguns acadêmicos pedem a saída do diretor Manoel Messias e a volta de Dom Adélio para o comando da instituição, com objetivo de salvar de uma possível falência. Visto que essa mudança tem viés de reduzir gastos.
A reportagem do portal Revista Central tentou contato coma direção, entretanto, o diretor não estava e ninguém teria autorização para falar em nome da instituição.


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