segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Polícia prende sobrevivente do massacre do Carandiru em Canindé


Raimundo conta que sobreviveu porque se misturou com os corpos espalhados pelo chão fingindo está morto.
Foi preso na divisa dos municípios de Canindé e Itatira, Raimundo Alves da Silva, de 70 anos, contra ele havia em aberto um mandado de prisão preventiva oriundo da Comarca de Umirim-CE por crime de homicídio.

Após a prisão, Policiais Militares e Agentes do Pró-Cidadania de Itatira descobriram que Raimundo Alves já cumpriu pena no famoso presídio, hoje extinto Carandiru. Naquela unidade prisional o acusado passou 12 anos preso, cumprindo pena pelo crime de homicídio. Na Delegacia Regional de Policia Civil de Canindé Raimundo concedeu entrevista na qual narrou os fatos ocorridos no dia 2 de outubro de 1992, dentro do pavilhão 9 da casa de detenção Carandiru que foi cenário de um dos episódios mais sangrentos da história penitenciária mundial. A rebelião tomou conta de quase todo o pavilhão, mas os pisos mais afetados foram os inferiores. 111 presos mortos (é o número oficial, apesar de ex-detentos insistirem em mais de 200). 103 vítimas de disparos, 08 vítimas de objetos cortantes e nenhum, nenhum policial morto, 130 detentos feridos, 23 policiais feridos, 515 tiros disparados, 120 policiais indiciados. 86 policiais julgados e apenas um policial condenado (Cel. Ubiratan). 632 anos de prisão foi à sentença.
Depois de todo esse massacre Raimundo conta que sobreviveu porque se misturou com os corpos espalhados pelo chão fingindo está morto.
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Delegacia Regional de Canindé (8ª Região)
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Fone: (085) 3343.6813

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