quarta-feira, 24 de março de 2010

Crise política em Juazeiro do Norte causa tensão e ameaças de morte

As denúncias de fraudes em licitações, rombo financeiro na administração municipal e obras superfaturadas provocaram um clima de tensão, ameaças e medo em Juazeiro do Norte. Os vereadores Tarso Magno (PHS) e Darlan Lobo (PSDC) denunciaram, durante a sessão ordinária da Câmara Municipal, na tarde desta terça-feira, que foram ameaçados de morte. Magno – único que faz oposição ao Governo Municipal, responsabilizou o prefeito Manoel Santana (PT) e os secretários de Segurança Pública, Cláudio Luz, e de Governo, Giovanni Sampaio, por eventuais atentados ou agressões físicas aos seus familiares.  As denúncias das ameaças foram enviadas à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Ceará), ao Ministério Público Estadual e Federal, à Assembléia Legislativa e ao Congresso Nacional.
A crise política em Juazeiro do Norte eclodiu com as denúncias do rombo financeiro na Prefeitura. De  acordo com documento assinado pelo prefeito Manoel Santana, a administração deixou dívidas de R$ 37,4 milhões como restos a pagar no exercício de 2009, abriu um dos momentos mais tensos na vida pública do Município. A sede da Câmara Municipal foi invadida nesta terça-feira por policiais militares e guardas municipais. O presidente do Legislativo, vereador José de Amélia Júnior (PSL), foi taxativo ao dizer, para este portal, que a mobilização policial partiu dos secretários municipais Cláudio Luz e Giovanni Sampaio e teve por objetivo intimidar os vereadores.
Dos 14 vereadores, Santana tinha apenas um como oposição – o vereador Tarso Magno. A crise com o Legislativo implodiu, porém, a base de apoio parlamentar ao prefeito Santana. Seis vereadores ligados a administração municipal chegaram a assinar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar suspeitas de irregularidades e fraudes em obras realizadas pelas empresas ASP e J Filho Ltda. As obras foram ou estão sendo realizadas com recursos do município e, segundo denúncia do vereador Tarso Magno, as duas construtoras teriam sido privilegiadas em licitações. A CPI não chegou a funcionar, foi extinta na tarde desta terça-feira e a Mesa Diretora da Câmara Municipal instalou uma Comissão Especial com o papel de investigar as denúncias. Outras informações sobre o clima de tensão política e ameaças de morte em Juazeiro do Norte, você terá, nesta quarta-feira, a partir das 7 horas, no Jornal Alerta Geral (FM 106.5, na Região Metropolitana do Cariri).
Luciano Augusto e Mirely Morais

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