Pilotos bombardeiam nuvens com gotas de água e provocam chuvas.
Já os pequenos produtores tentam proteger a plantação com palha.
Mais de um milhão de pessoas convivem com a falta d'água no semiárido maranhense, mas a chuva que sempre começa a cair em dezembro, desta vez, não chegou com força.
"Fevereiro, março e abril são os três meses que mais chove. Mas este ano não. A gente está plantando e está morrendo", diz a agricultora Raimunda da Silva.
Os pequenos agricultores estão desanimados. Tentam proteger a plantação com palha, mas o sol é muito forte.
No Nordeste do estado, os produtores de soja já calculam as perdas. "No ano passado, nós perdemos soja pela grande quantidade de água. Neste ano, pelo fator inverso, estamos perdendo 30% também", diz o produtor de soja Renato Fogolari.
As lagoas dos lençóis maranhenses - um dos pontos turísticos mais famosos - também secaram.
Chuva forçada no Maranhão
Deveria estar chovendo bastante desde dezembro no Maranhão, mas choveu muito pouco desde o início do ano. Apesar das dificuldades, os agricultores não desistem.
Já que a chuva não vem naturalmente, eles estão investindo em tecnologia pra fazer chover e não perder toda lavoura. Para isso, usam um avião.
A aeronave leva 300 litros de água, sem nenhuma adição de produtos químicos.
No alto, os pilotos caçam as nuvens pequenas ainda em formação. Eles bombardeiam as nuvens com gotas de água e provocam a chuva. Os fazendeiros orientam o trabalho por rádio.
Só falta descobrir a solução de outro problema: “em um dos parceiros do grupo não choveu nestes dias e a tentativa é de fazer chover exatamente na área dele. As nuvens não são orientadas por GPS”, diz o fazendeiro Vilson Ambrozi.
Fonte: G1
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