Rio - Nem faz tanto tempo assim, o autor de ‘Passione’, Silvio de Abreu, afirmou que Saulo (Werner Schünemann) não morreria na novela. Mas justamente o personagem foi encontrado morto, esfaqueado em uma cama de motel. “Eu menti”, reconheceu Silvio, sem rodeios, durante café da manhã ontem, em São Paulo, ao lado da ‘vítima’ e da diretora Denise Saraceni. “Perderia a graça se eu contasse. Minha função é esconder ao máximo. Em uma trama policial, isso é bom para o telespectador”, explica ele. “É legal esperar os desdobramentos”, defende Denise.
Foto Divulgação |
O que o dono da história mais quer, agora, é dar continuidade ao suspense. E, para atiçar a curiosidade dos telespectadores, anuncia: “O próximo assassinato deve acontecer daqui a três ou quatro semanas. O crime será melodramático e não terá relação direta com a trama policial”.
As apostas e os bolões circulam por todas as rodas na tentativa de descobrir quem é o grande assassino do folhetim. Menos misterioso e mais falante do que há alguns dias, Silvio dá algumas pistas: “Seria ótimo se fosse o mordomo, né? Mas não é. O assassino está entre os personagens de maior identidade. É determinante o caráter do assassino numa trama desse tipo, por isso precisa ser um personagem forte. Por enquanto, vou limpar muitos dos suspeitos para ajudar o público a descobrir o segredo”. Por mais que muitos não consigam perceber, o assassino está na cara, ele garante. “Sempre esteve. Ou eu estaria enganando o telespectador. À exceção do Saulo, os demais personagens têm dois lados”.
A SETE CHAVES
Até da família o autor escondeu quem morreria. “Não falei nem para minha mulher”, exagerou. Werner ficou sabendo quase em cima da hora: “Uma semana antes de a cena ser gravada. Atendi o telefone e Silvio perguntou: ‘Você está com raiva de mim?’”.
“Eu não queria tirar o Saulo da novela. Ou melhor, o Werner. Admiro o trabalho dele. É um ator marcante, mas a história tem que continuar e Werner não vai deixar a trama”, avisa. Saulo reaparecerá em ‘flashback’”.
Sem mentirinhas por agora, o autor garante que Danilo (Cauã Reymond) não tem a ver com o assassinato. Mas não descarta a possibilidade de ser uma mulher a autora do crime: “É difícil para uma mulher enfiar uma faca na barriga de alguém, tirar a roupa de um homem. Pode ser, de qualquer forma, uma assassina profissional”, especula. Pelo menos a curto prazo, não está programado um assassinato em série, como em ‘A Próxima Vítima’. “Naquela ocasião, eu queria matar um por mês. Mas foi muito difícil fazer isso”, compara Silvio.
Por Daniel Carmona
O Dia Online
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