Opinião e Ação
Por Getúlio Freitas
Estamos no advento da tecnologia que a cada dia tende a dar-nos mais uma ferramenta que nos auxilie no dia-a-dia. E dentre todas elas a internet com seus diversos aplicativos certamente foi a que mais se desenvolveu nas ultimas décadas ao ponto de causar uma revolução no modo de vida das pessoas, levando-nos a uma nova cultura, a Cibercultura. Alguns desdobramentos desse novo momento, desse novo paradigma social já podem ser percebidos em nossa vida. – o uso de mensagens por e-mail (eletronic mail), a criação de comunidades diversas no Orkut, a facilidade de escrever o que desejamos na Internet através de um blog ou da participação em fóruns de comentários, a busca de informação de toda sorte na internet através do Google e similares. Tudo isso está mudando a forma com que nos relacionamos com o conhecimento, sua produção, circulação e consumo.
Através das redes se desenvolvem novos conhecimentos introduzindo mudanças em nosso entorno. Pierre Levy chamou a isso de “inteligência coletiva”. E isso tudo está tendo implicações para educação, para a escola que não pode está alheia a este novo paradigma educacional.
Há algum tempo atrás quando um aluno necessitava pesquisar determinado assunto o mesmo costumava ir à biblioteca, hoje o mesmo se dirige ao laboratório de informática e busca informações necessárias na internet, onde nem sempre será de boa qualidade ou até seria se o professor fosse um mediador desse conhecimento, esclarecendo critérios de uma pesquisa seria. Certamente todas essas ferramentas poderiam ser mais utilizadas nas escolas, se os laboratórios de muitas escolas deixassem de ser ainda um campo limitado ao corpo discente. Onde os alunos só podem freqüentar com o professor que deve sempre está presente para policiar se eles não acessarão o Orkut ou outra ferramenta que julgue anti-educacional ou fora das normas da escola. Vale ressaltar que a escola que pensa assim na verdade está se excluindo dessa nova forma de educar. Está perdendo uma oportunidade de inserir seus educandos nessa tendência marcada por uma atitude dispersa (não concentrada, múltipla, mais concentrada em tese), efêmera (tudo muda muito rápido, inclusive o conhecimento) e hedonista (prazer individual, imediato) ao mesmo tempo gerando uma exclusão ao ponto que deixa o aluno fora desse meio. Esses fatores combinados geram uma eficientização da forma com que o conhecimento é recebido, transformado e vinculado.
Certamente muitos professores e até mesmo Núcleos Gestores terão que ir ao Google e digitar: o uso pedagógico do e-mail, como realizar um chat educativo e uso pedagógico dos fóruns. Certamente obterá uma gama de sugestões que certamente não estarão à parte de seu plano de aula, a não ser que queira.
Mas o preconceito maior é com a ferramenta Orkut, abolida em quase todas as escolas, senão todas. O Orkut é uma ferramenta da empresa Google com o objetivo de organizar as pessoas em redes sociais, estreitando assim os laços e facilitando a troca de conhecimento, possibilitando diversão e interação humana. Nesse ponto deveria entrar a escola como a mentora da ética entre as relações ao ponto de usar essa ferramenta para a troca de informações, assim como ocorre nas faculdades onde os professores o utilizam para trocarem trabalhos acadêmicos e organizarem sua rede de contatos. Há, mas lembrei, enquanto o de melhor renda tem um computador no quarto que o utiliza ao seu bel prazer, o filho do pobre tem um no laboratório da escola que pode usá-lo com funções estritamente limitadas. Na verdade o mentor maior que pensa nessas políticas excludentes, não tem o mínimo senso de administrar, ou se elas são pensadas individualmente em cada escola a afirmação é a mesma.
A escola não pode agir como se fosse uma redoma que protege o formando do mundo, pelo contrário, ela deve ser a mediadora do confronto entre o externo e o aluno. Deve ser aquela que levará o aluno ao campo de batalha e lhe dará as armas para vencer. Deve ser a responsável pelo confronto entre pessoa e conhecimento e deverá se assegurar de que o produto do processo será uma opinião crítica e meta-crítica.
Não seria coerente expor um problema e não discorrer sobre suas formas de resolução e tentar entender o que causa pensamentos tão destorcidos em torno dessas ferramentas tão úteis. Na verdade os próprios cursos que formam nossos educadores não põem essas ferramentas a dispor de seus acadêmicos ou não os insere no contexto do mundo moderno de constante atualização do conhecimento. Uma faculdade não termina ao receber o diploma, mas o conhecimento dela tem que ser atualizado constantemente. Nossos educadores precisam se atualizar em torno dessas novas ferramentas, e esta tarefa não é nada complicada, a exemplo indico o Google acadêmico. Todos nós hoje em dia temos que ter um pouco de autodidatismo, principalmente os que trabalham constantemente com o conhecimento.
O Ibaretamanet.com entra na discussão e levanta o seguinte questionamento, o rede social orkut deve ser liberada nas escolas, você pode votar na nossa enquete que estará mo ar em breve.
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