sábado, 11 de setembro de 2010

Professores paralisam atividades em Quixeramobim

Professores municipais de Quixeramobim paralisaram suas atividades em sinal de advertência, nesta quinta, 09, percorrendo as principais vias da cidade. Os manifestantes saíram do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Quixeramobim (SINDSEQ), e reivindicaram em frente à Prefeitura e à Secretaria Municipal de Educação, o pagamento do piso salarial à categoria, a prestação de contas da aplicação das verbas do FUNDEB, e a realização de concurso público para professores, dentre outras solicitações.



A presidente do sindicato, Ediléia Melo, e o advogado Valdecy Alves, representante do SINDSEQ, foram recebidos pela chefe de gabinete do prefeito, Ana Elda, que após contato telefônico com o prefeito, Edmilson Júnior,  agendou para o próximo dia 15, a primeira rodada de negociação do poder público com a categoria.



Na visita foi protocolada uma pauta com as principais pendências para serem solucionadas via negociação. A possibilidade de uma greve geral não está descartada. Entre as reivindicações dos professores contidas na pauta constam:



1- Piso de R$ 656,00 para os professores com nível médio, para jornada de 20 horas e de R$ 1.312,00, com nível médio, para jornada de 40 horas, retroativo a janeiro de 2010, como manda a Lei do Piso;2- Prestação de contas aplicação das verbas do FUNDEB a cada dois meses;3- Incorporar a ampliação de 100 horas para os concursados;4- Concurso público para que os contratados possam submeter-se e lutar para serem efetivados;5- Fim de pagamento de benefícios previdenciários com verbas do FUNDEB e transparência do QUIPREV;6- Respeito à Liberdade Sindical, desconto do imposto sindical;7- Manter negociação permanente quanto às demais pendências do PCR e direitos dos professores.



Segundo o Anuário do Ceará 2010/2011, Quixeramobim está entre os 23 municípios mais ricos do Estado, mas apesar disso, ainda paga um dos piores pisos do Ceará e do Brasil aos seus professores. Há casos no município de professores com jornada de 20 horas recebendo abaixo do salário mínimo. A categoria denuncia ainda, a ausência de prestação de contas do FUNDEB e o número exorbitante de professores contratados sem concurso publico.




Para os líderes do movimento, dinheiro não falta para atender às demandas da categoria, mas sim, boa vontade e compromisso do poder público municipal com os profissionais da educação. Quarta-feira, dia 15, haverá uma nova paralisação e realização de assembléia.

As informações e foto são dos Sistema Maior de Comunicação

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