Por Jackson Perigoso
Ser da oposição custaria R$ 900,00 reais a menos ao parlamentar
A Revista Central teve acesso com exclusividade a um documento que mostra um suposto esquema realizado por cinco vereadores da cidade de Ibaretama, no Sertão Central cearense. O esquema visava dois objetivos, o principal era eleger o vereador hoje cassado pelos próprios integrantes do esquema, João Vieira Picanço e o segundo beneficiar financeiramente a base aliada ao prefeito municipal.
O acordo entre os parlamentares municipais foi realizado no dia 6 de novembro de 2008, antes mesmo de assumirem os mandatos, João Vieira Picanço, Francisco Oliveira Filho, Francisco Carliando de Almeida, Daniel Souza Lopes e José Maria Cunha(Bebé), de forma inconveniente esquematizaram quem deveriam comandar a Câmara Municipal de Ibaretama. Os cinco chegaram a uma conclusão de que o advogado Picanço chefiaria o bando nos anos de 2009 a 20010, nos anos subsequentes de mandato, Picanço, entregaria a presidência da casa a outro membro do acordo.
No suposto esquema, comprovado por meio de assinaturas que presumem-se ser dos integrantes, foi feito um acordo estranho na qual os quatros vereadores da base de situação ao prefeito Edson Moraes, receberiam R$ 900,00 reais a mais do que os quatro da base opositora. Pelo acordo, João Vieira Picanço, receberia R$ 6.100,00 (seis mil e cem reais), Francisco Oliveira Filho, Francisco Carliando de Almeida, Daniel Souza Lopes e José Maria Cunha(Bebé), cada um embolsaria R$ 3.600 (três mil e seiscentos reais), os opositores ficariam com a fatia individual de R$ 2.700 (dois mil e setecentos reais).
A estimativa das despesas mensais do ano 2009 conduzidos pelos cinco vereadores, havia também gasto com telefone e internet, porém, na câmara nunca foi instalados estes equipamentos. O que chama a atenção é a contratação de até um “mensageiro” que ganharia o valor de R$ 415,00 (quatrocentos e quinze reais), um salário mínimo na época. Picanço também se desfrutaria do conforto e teria direito além do seu salário mais R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais) para queimar em combustíveis.
As aberrações continuam, bem abaixo da estimativa de despesas, há um termo de compromisso firmado entre os cinco envolvidos, registrados em um cartório da cidade. O termo diz: "Obs. Fica o Sr. João Vieira Picanço, na Responsabilidade de Repassar para os 04 Vereadores da Situação, a quantia de R$ 4.500,00 (QUATRO MIL E QUINHENTOS REAIS), Ficando acertado que o Sr. Daniel Souza Lopes, é quem vai endicar (sic) a pessoa que vai digitar e fazer as atas das Seções. Fica Acertado que o Sr. João Vieira Picanço, Vai Ser Presidente da câmara nos ano (sic) de 2.009 e 2.010, o mesmo vai apoia (sic) um dos 4 Vereadores para Presidente da Câmara nos anos de 2.011 e 2.012. Pelo que firmam o Presente Acordo assinaram as partes abaixo.", texto a comprovar ao lado. Este termo consta as supostas assinaturas dos legisladores citados.
A crise financeira da Câmara Municipal foi ao ápice, segundo Picanço, teve que cortar supostas assessorias ocultas, motivando um descontentamento dos vereadores que chegaram ao ponto de cassar o cargo de presidente da casa e recentemente de forma não condizente com os preceitos jurídicos cassaram o mandato de vereador. Francisco Oliveira era o vice-presidente, assumiu o cargo de presidente, colocando “Bebé” na vice e Daniel na secretaria.
Jackson Perigoso
Repórter da Revista Central
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