Os agricultores da comunidade do Vale do Forquilha, interior de Quixeramobim, costumam dizer que do local se tira leite de pedra.
Não é pra menos… Eles conseguiram fazer brotar do solo seco, cheio de pedregulhos, frutas e hortaliças. Hoje, em pleno sertão, pequenos oásis contrastam com áreas secas e sem vida.
A agricultura em Quixeramobim só foi possível graças a uma ideia plantada no sertão há 10 anos. Pesquisadores mostraram à comunidade que, através de poços artesianos rasos, era possível transformar o cenário de seca da região. O projeto foi batizado como “Pingo D’água”.
Agricultores constróem seus poços
A técnica é simples e barata. Os próprios agricultores constroem os poços de 7 metros; profundidade que permite acesso à água de boa qualidade, suficiente para abastecer as plantações e cerca de 800 famílias que vivem na comunidade.
O tomate é um dos símbolos de desenvolvimento do Vale. A plantação é feita em módulos, com telas para proteger das pragas. São 10 hectares em toda região, cada safra produz cerca de 900 toneladas da hortaliça.
A maioria dos agricultores trabalha em sistema de parceria com jovens da comunidade. O agricultor Carlos Luã Ferreira não é o dono da terra, mas divide os lucros no final da safra.
Ajudando a comunidade
10% de tudo que se produz no Vale do Forquilha ficam na região em escolas e creches. O restante abastece Fortaleza e municípios vizinhos.
Os poços se multiplicaram na comunidade e trouxeram outras culturas como as do mamão, maracujá, repolho… Uma fartura que o agricultor Elano Nogueira nunca pensou que pudesse existir ali. No quintal do agricultor tem também cheiro-verde, cebolinha e coentro. A esposa e um grupo de mulheres ficam responsáveis por separar tudo para a venda.
Quem poderia imaginar que um lugar onde não existia nem água para beber, poderia dar frutos como estes!
Revista Central com informações do Porgrama Nordeste Rural com adaptações.
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