segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Poços artesianos mudam paisagem de Quixeramobim

Os agricultores da comunidade do Vale do Forquilha, interior de Quixeramobim, costumam dizer que do local se tira leite de pedra.
Não é pra menos… Eles conseguiram fazer brotar do solo seco, cheio de pedregulhos, frutas e hortaliças. Hoje, em pleno sertão, pequenos oásis contrastam com áreas secas e sem vida.
A agricultura em Quixeramobim só foi possível graças a uma ideia plantada no sertão há 10 anos. Pesquisadores mostraram à comunidade que, através de poços artesianos rasos, era possível transformar o cenário de seca da região. O projeto foi batizado como “Pingo D’água”.
Agricultores constróem seus poços
A técnica é simples e barata. Os próprios agricultores constroem os poços de 7 metros; profundidade que permite acesso à água de boa qualidade, suficiente para abastecer as plantações e cerca de 800 famílias que vivem na comunidade.
O tomate é um dos símbolos de desenvolvimento do Vale. A plantação é feita em módulos, com telas para proteger das pragas. São 10 hectares em toda região, cada safra produz cerca de 900 toneladas da hortaliça.
A maioria dos agricultores trabalha em sistema de parceria com jovens da comunidade. O agricultor Carlos Luã Ferreira não é o dono da terra, mas divide os lucros no final da safra.
Ajudando a comunidade
10% de tudo que se produz no Vale do Forquilha ficam na região em escolas e creches. O restante abastece Fortaleza e municípios vizinhos.
Os poços se multiplicaram na comunidade e trouxeram outras culturas como as do mamão, maracujá, repolho… Uma fartura que o agricultor Elano Nogueira nunca pensou que pudesse existir ali. No quintal do agricultor tem também cheiro-verde, cebolinha e coentro. A esposa e um grupo de mulheres ficam responsáveis por separar tudo para a venda.
Quem poderia imaginar que um lugar onde não existia nem água para beber, poderia dar frutos como estes!
Revista Central com informações do Porgrama Nordeste Rural com adaptações.

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