quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pequenos comerciantes de Quixadá buscam fortalecimento

Comerciantes de Quixadá apostam no associativismo para consolidar e expandir mercadinhos
Cartão de crédito independente e melhor preço no varejo. Em busca do fortalecimento de um dos setores econômicos mais importantes da região, a Associação dos Mercadinhos de Quixadá, a Rede Ameq, acaba de se filiar à Associação Cearense dos Supermercadistas (Acesu). Com a filiação, a direção da Ameq pretende triplicar o número de associados e disponibilizar para o consumidor o serviço de crédito encontrado somente nas grandes redes do setor. O pacote inclui uma série de outras vantagens, dentre as quais melhores condições de negócio com os fornecedores.

Durante a filiação, realizada no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Quixadá, o presidente da Acesu, Aníbal Feijó, apontou o associativismo como alternativa de sobrevivência para o varejo, principalmente, dos mini mercados. "Ou a gente se prepara ou seremos engolidos", disse o empresário para os associados da Ameq e grupos de comerciantes de Iguatu e Morada Nova. Para ele, associativismo, participação e gestão são palavras chaves no competitivo mundo varejista.

No encontro, Feijó destacou algumas conquistas da Acesu, dentre as quais ações jurídicas garantindo o funcionamento dos supermercados nos domingos e feriados e a isenção da etiqueta no frango congelado. Agora, em Fortaleza, patrões e empregados podem negociar o trabalho extra. Quanto aos frangos, mantidos no freezer por período prolongado, além do selo descolar facilmente, clientes costumam circular com o produto no carrinho durante toda a compra havendo perda de 5 a 10% no peso.

O presidente da Acesu elogia o auxílio do Sebrae principalmente aos pequenos empresários. Na opinião dele, graças à criação das Centrais de Negócios, articuladas pelo Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o setor de varejo de alimentos se fortaleceu nos últimos anos. A prova está na criação das Redes de Compra. "Foi o Sebrae quem criou a primeira delas no nosso Estado, a Unisuper, hoje Superede. Quixadá é o mais novo exemplo de sucesso dessa ideia de inovação empresarial", completou Feijó.

Segundo o presidente da Rede Ameq, Anderson Ferreira, mais de 50% das compras realizadas nos mercadinhos de Quixadá são fiado. Como o acerto é na caderneta ou no vale, não tem nenhuma garantia. A inadimplência praticamente não existe, mas o modelo de crédito informal compromete o capital de giro dos pequenos. O cartão será a garantia formal, jurídica, para a cobrança. Além de segurança, viabilizará fundo de caixa para os comerciantes. Empresários e clientes serão beneficiados, estima Ferreira.

Os consumidores de Quixadá aprovam a iniciativa. A dona-de-casa e professora Anunciada Ribeiro reconhece a dívida no mercadinho da esquina. "O dono tem paciência. Ele sabe que salário de quem ganha a vida dentro da sala de aula não é lá essas coisas. A gente paga o atrasado e leva mais outro bocado, sem saber ao certo o tamanho da dívida. O cartão de crédito dos mercadinhos com certeza vai evitar desconfianças de ambas as partes e dar mais segurança para quem vende. Eu sei que a conta de quem não paga acaba sobrando para o bom cliente". Quixadá possui cerca de 500 mercadinhos. Apenas 15 deles optam pelo associativismo.

MAIS INFORMAÇÕES 
Rede Ameq: (88) 3412.9775
redeameq@hotmail.com 
Acesu : (85) 3246.4411
Sebrae Quixadá: (88) 3412.0991

Central de Negócios é uma boa ideia

Raimundo Lima Filho
lima@ce.sebrae.com.br

De um modo geral, as organizações estão atravessando um período de grande transformação estrutural, buscando desenvolver uma competição global por meio de melhor tecnologia e gestão ao adotar um sistema de gerência compartilhada e implantando estruturas em centrais que possibilitam melhor conexão de negócios e processos. Todas essas mudanças nas empresas exigem empreendedores e administradores muito mais eficientes e eficazes. Diante disso, o Sebrae/CE incentiva a criação e formação de Centrais de Negócios, que consistem na cooperação entre os empresários e empreendedores de um modo estruturado e continuado de ações convergentes, que buscam ampliar os seus negócios pelos benefícios conjuntos geridos devido à união, à força e compartilhamento de soluções. Outro ponto importante é a necessidade de contar com a assessoria externa, principalmente nas áreas jurídicas e contábeis, e projetos de viabilidade econômica e financeira. Com o tempo, o grupo envolvido na implantação da Central de Negócios consegue adquirir conhecimentos e capacitação de gestão empresarial para fazer o gerenciamento adequado dos recursos disponíveis. Criar uma Central de Negócio é um trabalho de construção de médio prazo que exige participação de grupo, troca de experiências, debates, iniciativas e vontade de construir em conjunto.

Técnico do Sebrae e administrador de empresas

Alex Pimentel

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