quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Amigas da estudante vítima do desabamento em Taíba esclarece fato a RC


Por Redação
O trio conta que Manu era uma garota muito alegria e que adorava brincar.

Três amigas da estudante Emmanuele Saraiva Costa (Manu), 16 anos, que morreu nesta terça-feira,21, vítima do desabamento no distrito de Taíba, no município de São Gonçalo do Amarante, procuraram o portal Revista Central para esclarecer algumas noticias que estão sendo divulgadas na imprensa e que elas estão até sendo ameaçadas por algumas pessoas. Airlamy Viana, Juliana Sales e Thaysa Pinheiro, disseram que procuraram o portal Revista Central por acreditar em nossa seriedade.

As três amigas chegaram na sexta-feira,17, véspera de carnaval em um grupo de cerca de 25 a 30 pessoas, a maioria mulheres, tinha apenas 12 homens. Todos eram amigos, bem como de Quixadá. “Quem pagou o aluguel da casa que custou R$ 13 mil reais foram os homens, nós fomos apenas convidadas, porém, éramos todos amigos”.
Segundo a estudante Thaysa Pinheiro, “dias antes perguntei a Manu se a mãe dela tinha deixado ela passar o carnaval nesta casa de praia, ela disse apenas que sim”. Contou ainda que Manu sempre estava nas festas, “acredito que a mãe dela sabia sim que ela estava passando o carnaval com conosco”.
Relatos
-Era uma casa de três andares, tinha um quarto no primeiro onde ficaram cerca de dez meninas, no segundo andar ficaram os demais, só que no passar dos dias tudo ficou misturado, foi então que nós (Thaysa, Manu e outro rapaz) armamos as redes no terceiro andar que era um salão bem amplo, porém, um punho da rede da Manu ficou segurado no armador da parede, era só o dela que ficou nesta parede. Disse Thaysa.
Segundo a estudante, na segunda-feira,20, a turma já estava reduzida, isso porque muitos acabaram indo embora e garantiu que não aconteceu nenhuma briga, “as vezes vinham policiais, por sinal muito bem educados, apenas pedir para baixar o som, e tinha apenas um paredão ligado no momento do desabamento.
Forte chuva com ventania
- No domingo fomos à outra praia, em Paracuru, quando voltamos os seguranças disseram que tinha acontecido uma chuva muito forte e com fortes ventos que a casa parece que até se balança – disse Fisioterapeuta Juliana Sales. Juliana contou ainda que ninguém nunca imaginou que as paredes estavam com problema, e que não percebeu as rachaduras.
A turma se preparava para retornar a cidade de Quixadá ainda na terça-feira, “todo mundo tinha combinado em passar da segunda-feira para a terça acordados, mas alguns acabaram dormindo, se levantavam , ia curtir, tomar banho ou beber”.
Momento do desabamento
- Eu fui dormir por volta das 6 horas da manhã da terça-feira, tinha armado a minha rede no terceiro andar e fui dormir, quando cheguei lá à rede da Manu estava sem ninguém, o Odimar Neto, o Jandreson estava dormindo – disse Thaysa Pinheiro.
- A Manu foi dormir por volta das 7 horas da manhã no terceiro andar, minutos depois fui dormir, mas a Airlamy estava na minha rede, foi então que procurei outro e não tinha vaga, fui ao terceiro e lá a Manu estava dormindo com as duas mãos no rosto, então eu voltei, quando nas escadas o Felipe Holanda e o Luiz Neto passaram gritando “acorda Odimar” , menos de um minuto eu já percebi aquela pancada e corri para fora – contou Juliana Sales.
Segundo as jovens em momento algum Felipe e Luiz Neto deixaram de socorrer a vítima, “eles tentaram tirar a parede de cima dela, mas veja bem, quando o Corpo de Bombeiros chegou foi necessário 8 homens”. Felipe ainda estava ferido.
Desespero
- Foi um grande desespero de todo mundo, não sabíamos o que fazer, a Manu foi levada a um posto de saúde pelos Bombeiros e o Felipe ao hospital. Acho que os bombeiros já sabiam que ela estava morta -. Neste momento por determinação dos bombeiros elas saíram da casa ao pegar alguns pertenceses.
- Uma turma foi com o Felipe e nós com a Manu – disse Juliana. E que ninguém fugiu.
Omissão
- Em nenhum momento fugimos como um policial chegou a dizer em um programa de televisão, nós três fomos ao posto onde estava o corpo de Manu e o médico disse que a perícia estava vindo de Cascavel, e que nós fôssemos embora ou então ficássemos na calçada, pois o corpo tinha quer ir a Fortaleza e que só os pais poderiam retirá-lo do IML -.
Ameaça
As jovens estão recebendo ligações anônimas e sendo chamadas de assassinas. – só quero dizer que, quem estar nos chamado de assassinas que pense melhor, perdemos uma amiga, estamos sentidas por isso, e não fomos culpadas -. Desabafaram as jovens.
Premonição
- Quando estávamos indo passamos por uma hilux capotada e um amigo disse que "como uma pessoa morre no primeiro dia de carnaval", foi então que a Manu disse que se fosse pra morrer tinha que ser no último dia – disse Thaysa .
Ainda na casa quando faltou energia, Manu disse que estava com medo e com uma sensação estranha. Em outro momento ela chegou ainda a dizer que este estava sendo o melhor carnaval de sua vida e que se morresse naquela hora, morreria feliz.
BrincalhonaO trio conta que Manu era uma garota muito alegria e que adorava brincar. 



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