O clima de tensão marca a política da cidade de Juazeiro do Norte, administrada pelo prefeito Manoel Santana (PT), que está sendo investigado pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal e pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) por denúncias de irregularidadades administrativas, fraudes em licitações e superfaturamento de obras.
O clima de tensão ficou ainda mais acirrado com a denúncia surgida na noite desta quinta-feira de que o dono de um jornal de oposição - SEM NOME, Gilvan Luis, foi vítima de sequestro e agressão física por homens que ocupavam um veículo Corolla, cor Branca, Placa HWJ 8602, da cidade de Porteiras, na Região do Cariri. Eram quatro homens. Gilvan estaria saindo da sede da Câmara de Vereadores quando teria sido seguido e vítima do sequestro. Um popular denunciou o caso ao Ronda do Quarteirão. O cabo Osmar Galiza, da Policia Militar, era o responsável pela veículo do Ronda que fez a perseguição.
O crime, que poderia ter sido marcado por uma tragédia, foi evitado porque policiais do Ronda do Quarteirão conseguiram interceptar o veículo corolla. Os homens que o ocupavam já tinham fugido, mas informações preliminares da polícia apontam para a identificação dos autores do crime de sequestro e tortura. Gilvan Luis foi levado para a Clínica São José, na Rua São José, em Juazeiro do Norte, com lesões físicas e, ensanguentado, recebeu atendimento médico.
Durante a noite desta quinta-feira, Gilvan recebeu solidariedade de amigos e familiares. O clima é de preocupação. As informações chegadas a este portal apontam, ainda, que Gilvan teria sido visto pelos policiais quando era empurrado para fora do veículo.
O deputado estadual Vasques Landim (PR) mostrou-se, em contato com este portal, preocupado com o clima de instabilidade política na cidade de Juazeiro do Norte. Lembrou que Gilvan Luis, em seu jornal SEM NOME - uma publicação em tamanho papel ofício, sempre advertia que qualquer agressão que sofresse teria como responsáveis o vereador Roberto Sampaio e o prefeito de Juazeiro do Norte, Manoel Santana. Sampaio é o líder de Santana na Câmara de Vereadores.
Colega de trabalho de Gilvan Luis, Fábio Sousa, dono do jornal Suvaco de Cobra, também, de oposição a Santana, conversou com a reportagem do Jornal do Cariri e atribuiu ao prefeito Santana e ao vereador Roberto Sampaio as agressões físicas. Fábio disse que as ameaças já vinham acontecendo por conta das denúncias feitas pelo jornal SEM NOME contra a administração Santana. O irmão de Gilvan, José Luis, disse que Gilvan não quis citar responsáveis, mas acusou o poder público pela agressão e afirmou que a família vai tentar convencê-lo a sair da linha de oposição ao governo municipal.
´´Voltamos ao tempo da ditadura, onde não se pode falar a verdade sob pena de acontecer o que aconteceu com o meu irmão´´, disse José Luis, em declaração ao JC. O médico Otávio Fernandes, que atendeu Gilvan Luis, fez os primeiros exames e não encontrou traumatismo, mas anunciou, em conversa com o JC, afirmou que novos exames serão realizados.
A tropa de choque da área de imprensa e comunicação da Prefeitura de Juazeiro do Norte, formada pela jornalista Fátima Bandeira e pelos integrantes do grupo que define as diretrizes de jornalismo do Município - Madson Wagner e Tarso Araújo, não se pronunciou sobre as referências feitas pelo irmão de Gilvan Luis, José Luis, em entrevistas. O assunto repercute na política do Ceará, entra em pauta no Jornal Alerta Geral, edição desta sexta-feira, e estará na edição do Jornal do Cariri. Colaboram as repórteres Mirely Morais e Jaqueline Freitas, do Jornal do Cariri.
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