O clima na cidade é demuita tristeza e comoção pela perda dos seus moradores
A população do município de Choró – Sertão Central cearense, parou na noite de ontem,18, para receber as três vítimas do acidente da última terça-feira na BR-116 no município de Aquiraz, envolvendo uma carreta que colidiu na traseira de um Fiat Uno pertencente a Secretaria de Saúde de Choró, em seguida, outros dois veículos modelo Gol também foram atingidos; depois um Celta e um Siena. Ao todo seis pessoas morreram, dentre elas três moradores de Choró.
Cerca de 500 pessoas foram ao velório das vítimas que morreram carbonizadas. Muita comoção dos pacatos moradores daquela pequena cidade interiorana. Um único carro de uma funerária trouxe os corpos de Francisca Diely de Moura, 20 anos, iria fazer hemodiálise em Fortaleza e estava no banco traseiro juntamente com a sua mãe, Maria Teresa da Conceição, 58 anos, e Alberlan Evangelista da
Silva, 34 anos, tinha uma cirurgia no Hospital Geral de Fortaleza. Por volta das 20 horas chegaram os corpos das vitimas à cidade e foram velados no Salão Paroquial ao lado da Igreja de São Sebastião, na Rua Coronel João Nei Paracampo.A sobrevivente que estava no mesmo carro, mas no banco da frente, Sara Erbene Pereira, 28 anos, está cursando o 9ª semestre de Enfermagem na Faculdade Católica Rainha do Sertão, falou com a reportagem da Revista Central, disse que estava com três anos e meio que cuidava da jovem. Chorando muito, a auxiliar de enfermagem afirma não lembrar de muitos detalhes do acidente, “só lembro que tentei tirar o cinto de segurança e uma mão me tirando pra fora do carro, mas o restante não lembro”. Familiares e amigos tentavam confortar a estudante e em todo momento ela falava dos momentos que tinha vivido com a sua paciente, “às vezes ela (Diely ) não queria comer e eu tinha que fazer aquela propaganda e só assim ela comia”. Em um determinado momento a sobrevivente disse que havia prometido proteger a sua paciente e que não deixaria nada de ruim acontecer com ela.
O outro que escapou foi o motorista do Fiat Uno, Francisco José Augustino de Moraes, 35 anos, teve queimaduras de 2º e 3º graus em 45% do corpo, distribuídas pelas costas, face, membros superiores e inferiores e dorso. As últimas informações dão conta que o estado de saúde do paciente é estável.
Na tarde de ontem o motorista da carreta acusado de causar o acidente, Raimundo Valdo Gurgel e Silva, 63 anos, se apresentou na Delegacia de Aquiraz, prestou depoimento e foi liberado em seguida. No seu depoimento negou estar conduzindo a sua carreta em alta velocidade. No relatório policial, disse que chegou a ver os veículos ao passar a curva, mas não deu tempo evitar o acidente. O motorista vai responder na justiça por homicídio culposo e lesão corporal culposa, segundo o delegado Moacir Maciel, devido não ter acontecido o flagrante o condutor vai responder em liberdade até o julgamento.
Confira as imagens da Revista Central:
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