Por Karpegeanne Vieira
O
abastecimento de água é artesanal e os cortes no abastecimento da área urbana são
constantes, sejam por problemas técnicos ou políticos.
Foto: Alex Pimentel |
Água, bem comum de domínio
público e universal, mais em Ibaretama é tema de discussão política
administrativa na Câmara Municipal da cidade, os moradores convivem com esse
problema há algum tempo, desde que o assentamento Lenin Paz II assumiu o
comando da Fazenda antes denominada Santa Branca ou Carnaubinha.
Semana Passada a novela teve
mais capítulo escrito, mais uma vez o abastecimento de água da zona urbana foi
cortado, a água é fornecida para aproximadamente 2.500 habitantes da zona
urbana da sede de Ibaretama, por um açude localizado a 4 km desta. Uma rede de
dutos artesanal leva água até um reservatório no ponto mais alto da cidade e em
seguida distribuído às residências.
Para a dona de casa
Claudevania Brito de Meneses, conhecida como novinha água é um direito de
todos, insatisfeita, ela reclama que essa situação só prejudica a população, “Eu
sei que o assentamento é federal e que eles querem cobrar para fornecer água”. Reclama
a moradora, no momento, a mesma lavava roupa na rua, o fato, que por não ter
reservatório em casa, quando falta água ela fica sem ter como realizar os
afazeres domésticos, mãe de três filhos usa o único chafariz da cidade para
aliviar um pouco o caos doméstico.
O abastecimento voltou ao
normal na sexta-feira, depois que uma comissão do poder executivo e
representante dos assentados se reuniu para discutir um acordo, mesmo assim a
população tem sofrido constantes cortes no abastecimento, não pelo corte por
parte do assentamento mais pelo problema técnico, a rede é artesanal e estoura
constantemente deixando toda a população sem água.
O chefe de Gabinete da
Prefeitura de Ibaretama, Humberto Maia Júnior disse que o poder executivo fez
um acordo com o assentamento para pagamento de R$ 2 mil mensais, “realizamos um
convênio e não iremos pagar pela água, mais sim custear as despesas
operacionais com o abastecimento”, Maia confirmou que outras medidas estão
sendo tomadas para que o município comece a usar o sistema de abastecimento de
água da Cagece que está pronto e ainda não funciona por falta da rede de distribuição
para as residências.
A Câmara Municipal aprovou
projeto de lei concedendo o direito ao chefe do poder executivo a pagar o valor
solicitado ao assentamento para custear as despesas com a manutenção dos
equipamentos e ainda com a manutenção do açude, o projeto que deveria ter sido
votado em julho foi adiado pelos problemas políticos na cidade. Devido à demora
os assentados cortaram a água para pressionar o governo e o poder legislativo.
O presidente da Câmara
Municipal de Ibaretama, Francisco Carliando de Almeida, disse que a demora se
deu em virtude do problema ocorrido na Câmara, quando do afastamento dos
vereadores José Maria Cunha e Francisco Oliveira Filho, “Ficamos sem os membros
da comissão de Finanças e Orçamento” esclareceu Carliando, resolvido o problema
o projeto foi aprovado por unanimidade.
Sem Responsabilidade
De acordo com o assessor de
comunicação do Movimento Sem Terra (MST) no Ceará, Marcelo Matos, o Assentamento
Lenin Paz II, implantado pelo movimento, não tem qualquer responsabilidade no abastecimento
e corte de água na cidade. Quem cuida do sistema é a própria prefeitura.
Matos aponta como boatos
maldosos atribuir o corte aos assentados. Ele lembra que antes da
desapropriação da Fazenda Santa Branca, como antes era chamada, o proprietário
cobrava pela água fornecida para a população. Ninguém questionava. Agora, como
38 famílias de trabalhadores rurais moram ali, estão sendo acusadas de negar
água para os outros moradores. O assessor pretende distribuir nota na cidade
esclarecendo a população.
As informações da assessoria
do MST são do Diário do Nordeste.
MAIS
INFORMAÇÕES:
Prefeitura
Municipal de Ibaretama
(88)
3439 1055
Câmara
Municipal de Ibaretama
(88)
3439 1059
Fazemos parte da rede do Portal Revista Central - informação em tempo real com credibilidade.
acesse: www.revistacentral.com.br
0 Comentários:
Postar um comentário