sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Greve: Professores do IFCE de Quixadá fazem nova manifestação


Sem previsão para retorno, greve já ultrapassa  45 dias.
A Greve geral dos Institutos Federais parece que não tem mais fim. Sem acordo entre sindicato e Governo Federal, os estudantes estão saindo no prejuízo. Para sanar o impasse o sindicato da categoria reivindica ao Ministro da Educação que o mesmo atenda todas as reivindicações do movimento o que não está acontecendo, conforme o professor de informática Rharrison Basto, líder dos grevistas em Quixadá.
O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológico, que abrange entre técnicos e professores, garante que mais de 20 mil trabalhadores em todo o Brasil estão em greve. Durante os últimos cinco meses os sindicalistas tentaram negociar com o governo, mas não tiveram sucesso, foi então que a classe resolveu paralisar as suas atividades desde do dia 01 de agosto.

No fim de agosto os grevistas fizeram uma blitz e entregaram uma carta a população de Quixadá. Como as negociações não caminham como os grevistas querem, eles retornaram na manhã desta quinta-feira, 15, com um novo ato no semáforo da Rua Rodrigues Júnior com a Avenida Plácido Castelo. Atos igual acontece em todo o país.
Em entrevista ao portal Revista Central, o líder dos grevistas Rharrison Basto disse que eles estão também lutando contra um projeto de lei do Senador Romero Jucá que prevê o congelamento do serviço público no Brasil até 2019. Um dos impactos dessa lei será fim do processo de interiorização e expansão da rede federal de ensino.
“O grevista afirma que esta é uma das maiores greves da educação federal para garantir que a educação técnica e tecnológica tenha o nível de excelência que a caracterizou historicamente”, concluiu.
Além disso, eles também estão pedindo a reestruturação do Plano de Cargos e Salários estabelecido pela Lei 11.784/2008: 13 padrões de vencimento; 05 Níveis de Classificação (Graduação, aperfeiçoamento, especialização, mestrado e Doutorado). 5% entre os padrões de vencimento; Carreira com apenas um Cargo Docente. Piso do Professor de 40 horas equiparado ao piso do Técnico Administrativo do Nível Superior (Classe E); Paridade entre ativos e aposentados; Estabelecimento de um Projeto de Capacitação/Qualificação para a rede, com o seu financiamento sendo mantido com recursos do Governo Federal e não somente das Instituições Federais de Ensino; Garantia de liberação e financiamento de cursos de capacitação/qualificação, independentemente da distância do local onde será realizado o curso; Enquadramento de todos os Docentes lotados nas Instituições Militares de Ensino, bem como dos Docentes dos ex-territórios, no Plano de Cargos e Salários estabelecidos pela Lei 11.784/2008. Eleições diretas dos cargos de Reitor e Diretor Geral, bem como indicação para os cargos de Pró-Reitor, permitindo que todo/a Servidor/a lotado/a na Rede há mais de cinco anos, independentemente do seu cargo, possa se candidatar. Ou seja, dar o mesmo tratamento quanto aos critérios de participação permitindo que Docentes e Técnicos Administrativos em Educação possam participar em condições de igualdade de todo este processo. Os grevistas reivindicam o aumento de 14,6%, porém, o governo só oferece 4%.
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