quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Ciro Gomes garante apoio incondicional a Rômulo Coelho para prefeito de Quixeramobim


Bem antes, o político já tinha comentado para a reportagem do portal Revista Central.
O ex- ministro da Fazenda e também da pasta da Integração Nacional, Ciro Gomes, participou na manhã desta terça, 27, na Associação Atlética Banco do Brasil em Quixeramobim, do Seminário "Perspectiva do Desenvolvimento de Quixeramobim e do Sertão Central", o primeiro de muitos seminários que deverá participar em todo o Estado. O evento teve o apoio da Associação para Defesa da Educação, Cultura e Cidadania de Quixeramobim (ADEQUI).


Diversas autoridades e lideranças políticas prestigiaram o evento, como o médico Rômulo Coelho, o secretário da Fazenda do Estado, Mauro Filho, o presidente da Ematerce, José Maria Pimenta, o deputado estadual Zezinho Albuquerque, o secretário adjunto do DER, Cesar Barreto, além dos prefeitos de Madalena, Wilson de Pinho, de Milhã, Claúdio Dias e de Ibaretama, a recém empossada prefeita, Núbia Cavalcante, além de simpatizantes e militantes do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Durante o seminário, Ciro Gomes destacou os problemas, entraves e dialéticas do desenvolvimento do País, do Estado e do município, associado à política, à economia e aos estudos acadêmicos.

Na ocasião, algumas lideranças políticas anunciaram filiação ao PSB. Dentre elas, o ex-presidente do PDT de Quixeramobim, Dr. Luis Carlos Pontes, o ex-vereador pela sigla, Teodomiro Neto, e o médico veterinário Dr. Juarez Charles Carvalho.

Ao término do evento, o ex-ministro foi entrevistado na Rádio Campo Maior AM 840, dentro do Programa Repórter Ceará. Um dos temas abordados foi à aliança com os partidos da base de apoio ao governador Cid Gomes, dentre eles, o Partido dos Trabalhadores (PT), e ações para o desenvolvimento do Estado do Ceará, mais especificamente da região do Sertão Central, que, segundo o entrevistado, assim como a região do Cariri, sempre foi uma das regiões mais descriminadas. Para Ciro essas regiões hoje recebem por parte do Governo do Estado grandes investimentos para superar essa desigualdade.

Quanto a possível aliança com o PT para o lançamento de candidato a prefeitura de Fortaleza, Ciro foi categórico e afirmou: “Fique muito certo o PT, que nós não vamos aceitar a imposição de um candidato ou uma candidata que não esteja altura da tragédia que está acontecendo na capital de todos os cearenses (...) A aliança com o PT sim, mas a conversa em cima da mesa é como é que vai ser o futuro de Fortaleza, e se não responderem direitinho, quem vai responder é um cabra nosso mesmo, do PSB”.

Sobre as divergências internas no PSB, Ciro assegurou que já não há mais crise e que o foco agora será as eleições de 2012. O ex - ministro disse ter sido convidado pelo irmão, Cid, para tratar das questões políticas no Estado.

Sobre a conjuntura política local e as eleições 2012, Ciro afirmou: “A nossa responsabilidade é com o futuro do Estado. Daqui a pouco o Cid passa e a gente precisa deixar o Estado, a partir de seus pedaços mais importantes, como o Quixeramobim, em boas mãos. Nesse trabalho nós temos que nos relacionar institucionalmente com todo mundo. No meu governo foi assim e no governo do Cid é assim também. Eu tenho pessoalmente uma boa opinião sobre o prefeito Edmilson Júnior, mas na política a gente tem que ter clareza de quem é o nosso lado e o nosso lado, com muita clareza, não tem dúvida, é quem abriu a porta pro Cid chegar em Quixeramobim quando o povo daqui não sabia nem quem era o Cid. E quem apresentou o Cid ao povo de Quixeramobim foi o Rômulo Coelho. E eu, se puder, vou pedir ao povo de Quixeramobim uma oportunidade pro Rômulo”.

O ex - ministro disse não acreditar que a reforma política saia do papel. “Não há menor chance, isso é para distrair os ingleses. Porque a lei que está em vigor gerou os representantes que nós temos e eles têm o monopólio de mudar a lei. Pergunta simples que faço: Porque o cara que é beneficiado por uma lei ruim, vai mudar a lei? Para perder a eleição na próxima? Só temos dois caminhos, a Presidente da República assumir, e ela não vai fazer isso porque ela tem as coisas dela para resolver- negócio de câmbio, de juros-, ou mandar para um plebiscito, aí cai em curto circuito, porque só quem pode autorizar no Brasil um plebiscito, é o dito Congresso”.

Ciro aproveitou o momento para falar de sua gratidão ao povo do Ceará, por ter lhe proporcionado ser prefeito de Fortaleza, Governador do Estado e por duas vezes Ministro, além da eleição e reeleição de seu irmão, Cid Gomes, para governador: ”Se eu morrer muito velho e morrer trabalhando pelo povo do Ceará, ainda vou morrer devendo a esse povo que acabou elegendo e reelegendo meu irmão, Cid Gomes”.

Sem deixar de ser polêmico, Ciro foi enfático ao afirmar, quando questionado se guardaria mágoa do relacionamento com o PT: ”Eu gosto do Lula, mas o PT eu tenho dificuldade. Uma parte do PT eu não engulo, a outra parte eu admiro, mas do jeito que eles estão fazendo hoje eu quero é distancia”.

Indagado sobre seu futuro político, Ciro Gomes disse não ter mais plano eleitoral nenhum. “Posso ser, porque eu estou inteiro, saudável, relativamente jovem ainda- tenho 53 anos-, mas o que eu quero realmente é ajudar coisas boas a aconteceram pro Ceará, pro Brasil e pro Nordeste”.

Sobre seu amigo pessoal e ex - aliado, Tasso Jereissati, Ciro disse que faz tempo que não se falam e confessou que a maior dor que já teve na vida pública foi o que  aconteceu com o ex-governador. “O Tasso não merecia passar o que está passando, por tudo que fez pelo Ceará. Não merecia ficar com dois deputados estaduais, um porque é parente e outro porque é doido e ninguém quer”.

Ao final da entrevista, Ciro Gomes assim se definiu: “Eu sou um lutador, todos os erros que eu cometi nessa vida foram para ajudar o povo brasileiro a se libertar das desigualdades que são as piores do mundo”.
Com adaptações na manchete / Sistema Maior de Comunicação.


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