sexta-feira, 17 de março de 2017

PF desarticula quadrilha da carne, a operação “carne fraca” implica PMDB e PP.


Os grandes conglomerados de empresas do setor agropecuário brasileiro - JBS e BRF - adotaram procedimentos de barateamento dos produtos visando apenas no aumento dos lucros, mesmo que para isso a qualidade do produto repassado aos consumidores fosse baixa.

A Polícia Federal, em coletiva na manhã desta sexta-feira, afirmou que a prioridade das empresas envolvidas na Operação Carne Franca era o "capitalismo, o mercado, e não a saúde pública", informou o Delegado responsável pelo caso, Maurício Grillo.

Segundo o Jornal O Globo, entre os empresários presos estão o gerente de Relações Institucionais do Grupo BRF e um funcionário do grupo JBS. O jornal também afirma que a Operação prevê o bloqueio de R$ 1 milhão das contas de 46 investigados.

Após a deflagração da Operação, as ações das empresas tiveram forte queda na bolsa de valores nesta sexta. Segundo a Veja, entre as muitas marcas comercializadas pela empresa JBS, estão a Friboi e a Seara. Já a BRF tem entre seus principais nomes, a Sadia e a Perdigão. 

Propina da Carne Abastecia PMDB e PP

O delegado federal Maurício Moscardi Grillo afirmou nesta sexta-feira, 17, que parte do dinheiro arrecadado pelo esquema de corrupção envolvendo fiscais e maiores frigoríficos do País, descoberto pela Operação Carne Fraca, abastecia o PMDB e o PP.

"Dentro da investigação ficava bem claro que uma parte do dinheiro da propina era, sim, revertido para partido político. Caracteristicamente, já foi falado ao longo da investigação dois partidos que ficavam claros: o PP e o PMDB", afirmou.

Executivos do frigorífico JBS e da empresa BRF Brasil foram presos. O esquema seria liderado por fiscais agropecuários federais e empresários do agronegócio. Segundo a PF, a operação detectou em quase dois anos de investigação que as Superintendências Regionais do Ministério da Pesca e Agricultura do Estado do Paraná, Minas Gerais e Goiás "atuavam diretamente para proteger grupos empresariais em detrimento do interesse público".
"Os agentes públicos, utilizando-se do poder fiscalizatório do cargo, mediante pagamento de propina, atuavam para facilitar a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização efetiva", diz PF.
Com informações do grupo O Povo
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