Por Jackson Perigoso
Parece que no reinado o futuro só a Deus pertence.
O Partido dos Trabalhadores foi fundado no dia 10 de fevereiro de 1980, em São Paulo. O Partido surgiu da organização sindical espontânea de operários paulistas, liderados por Luiz Inácio Lula da Silva e outras lideranças de trabalhadores, no final da década de 1970, dentro do vácuo político criado pela repressão do regime militar aos partidos comunistas tradicionais e aos grupos de esquerdas então existentes. Assim, o PT foi fundado com um viés socialista democrático. O Partido dos Trabalhadores foi oficialmente reconhecido como partido político pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral no dia 11 de fevereiro de 1982. De lá pra cá, a bandeira vermelha foi responsável por diversas manifestações com teor ideológico, por sua vez, ao assumir o poder maior do país, alguns dos membros mostraram que o poder corrompe.
Em Quixadá, o PT foi fundado por professores, estudantes, lideres sindicais e tantos outros cidadãos veementemente com ideologias marxistas, mas ainda na década de 90, o partido que derrubou os coronéis em Quixadá, cresceu, gostou do poder e esqueceu de suas tradições. Tendo seu líder maior, José Ilário Gonçalves Marques, como o chefe dos partidaristas que adoram fogos de artifícios e zombar das derrotas de seus adversários.
Nos últimos 16 anos, o PT, mandou, ordenou, impôs, deu ordens e gozou de todas as prerrogativas de uma ‘ditadura’ silenciosa no seio da jurisdição da Terra da Galinha Choca. Os petistas derrotaram todos aqueles que tentaram lhes tirar seu poder na base democrática. Elegeram Ilário Marques em 2000 e reelegeram em 2004, deram a Rachel Marques o cargo Deputada Estadual. Na Câmara Municipal, o PT sempre teve a maioria de vereadores e que estes seguiram fielmente seu líder que sempre foi Ilário Marques. Aos que não conseguiram êxitos nas urnas, suas vagas foram asseguradas em secretárias, assessorias e em cargos todos pagos pelo povo.
Em 2008, os petistas foram às ruas e colocaram o médico Rômulo Carneiro Nepomuceno Bezerra, no lugar de Ilário Marques. Ali se consolidava o apogeu do imbatível partido em um município, mas que o reinado já recebia desertores como um de seus mais conceituados nomes, o de Francisco Cristiano Maciel de Goes, o número 2, e o homem que deveria receber o reinado, mas que por vontade do rei foi doado ao prefeito atual de Quixadá.
Em 2010, já debilitados os vermelhos viram de camarote a derrota não só de Ilário Marques, cuja, vitória de Rachel Marques ao cargo de deputada não foi suficiente para zombar de seus adversários, pois ali muitos inteligentes sabiam que eram o começo de um possível fim na ilha da FelizCidade. Com a derrota de Ilário Marques, o PT de Quixadá viu tantas outras derrotas no seu reduto como o rompimento de Rômulo Carneiro com Ilário Marques, ali foi à visibilidade de que o ápice do apocalipse era inevitável.
De lá pra cá, o partido que usufruiu da luxuria, parece que não mais tem dentro de sua base o rei que manda, mas uma das mais acirradas disputa em busca, não de comandar um município e fazer o bem pelo seu povo, mas angariar a chefia da Prefeitura Municipal de Quixadá. Muitas desfiliações e uma executiva rachada por “ideologias”, desfaçadas por objetivos pessoais.
Hoje o PT de Quixadá, tem três correntes que não se entendem e que colocaram o partido em situação delicada para o pleito de 2012. A corrente majoritária ainda tem a frente Ilário Marques, Edi Leal e o vice-prefeito Airton Buriti. A outra é liderada por Igor Carlos, Rômulo Carneiro e Kleber Júnior e a terceira é a mais fraca de todas, mas garante que é a única que tem ideologia e é guiada por Nilton César e filiados revoltados por não conseguirem cargos públicos.
O que é certo de tudo isso, é que o PT encontra-se sem rumo, sem direção e ciente que não mais tem o dom de antes. Parece que o poder foi o marco de tudo isso!
Jackson Perigoso
Acadêmico de Direito
Escreve a sua opinião na Coluna “Fazendo Direito”
As opiniões aqui expressas não necessariamente coincidem com a da Revista Central
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