sábado, 20 de agosto de 2011

'Maldição da moto preta' assusta moradores de Quixadá

Nos últimos meses ocorre em Quixadá uma série de assaltos 'padronizados'. Polícia e departamento de trânsito atuam para impedir novos casos.
Moradores de Quixadá, Sertão Central do Ceará, estão assustados com uma série de assaltos feitos por duplas dirigindo motos pretas nos últimos dois meses, segundo o programa de policiamento Ronda do Quarteirão. Os policiais afirmam que nesse período pelo menos 40 casos de assaltos do tipo ocorreram na cidade.
“Está havendo uma padronização dos assaltos”, diz o soldado Nobre Moura, do Ronda do Quarteirão. De acordo com o soldado, são vários suspeitos que atuam sempre da mesma forma. “Eles procuram mulheres sozinhas, em ruelas desertas e tomam celulares e bolsas”, diz o policial.

A “padronização” pode ser usada na tentativa de confundir os policiais sobre a autoria dos crimes e foi batizada de “maldição da moto preta” pelos policiais locais.
O soldado Nobre diz também que as vítimas denunciam suspeitos com características diferentes e não há registro de homicídios ou outro tipo de crime praticado pelos motoristas de motos pretas. Ainda de acordo com policiais, as motocicletas usadas no crime são sempre sem placas, o que facilita a fuga, segundo a polícia.
Caçada às motos pretas
Desde que a “maldição” ficou mais frequente, o Departamento Municipal de Trânsito de Quixadá (DMT) tem apreendidos motos pretas sem placa. Até a manhã desta sexta-feira (19), sete motos sem emplacamento da cor preta foram levadas à sede do departamento.
Para o policial Nobre, há conivência por parte da população. “As pessoas reclamam que não têm dinheiro para emplacar as motos, mas é só ser apreendida que eles emplacam. As motos desemplacadas são uma conivência com o crime”, diz Nobre.
Pelo Código Nacional de Trânsito, dirigir veículo sem emplacamento não é considerado infração, mas o veículo deve ficar apreendido até ser regularizado.
Reação da população
O comerciante Paulo Sérgio, que trabalha no Centro de Quixadá, diz que não dirige mais a motocicleta preta que tem. “Tenho medo de me confundirem com bandido e atirarem em mim ou coisa parecida”, diz o comerciante.
Já a estudante Ana Flávia, de 16 anos, afirma que evita se aproximar de qualquer moto preta trafegando na cidade. “Quando chega perto uma moto preta, eu atravesso a rua. E não sou só eu, é a cidade inteira.”
Policiais do Ronda do Quarteirão dizem que estão reforçando a ação para evitar futuros casos. Segundo o policial Nobre, houve aumento no número de blitze para fiscalizar motos e condutores de motos pretas nas últimas semanas.
André Teixeira
Com informação do G1 Ceará
Jackson Perigoso
Foto


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