Por Pedro Bandeira*
A
onda emancipatória que efervesceu no brasil resultou na criação de IBARETAMA no
dia 08 de maio de 1988. Ao completar seus 29 anos de trajetória política
gostaríamos de tecer alguns comentários. Após a primeira eleição seus gestores
assumem o poder com o slogan de “administração rural participativa”, entretanto
o que se constatou foi a efetivação do êxodo rural. Seguida da continuação do
mesmo grupo político para segunda gestão com o lema “administração popular
administrativa”, mais uma vez o que se propagou não correspondeu aos fatos,
Ibaretama chega a ser um dos municípios mais pobres do brasil.
Depois
de 8 anos de hegemonia política dos Queiroz, finalmente a família Moraes assume
o poder com o jargão de Renascer. há um princípio estrutural na organização
física municipal, porém com o segundo mandato os Moraes implantaram a
administração Renascer II, o resultado foi uma desconstrução política
administrativa chegando a responder por improbidade administrativa e contas
desaprovadas.
Agora
já contamos nossos 16 anos de emancipação e o retorno dos Queiroz ao poder com
o slogan de “Ibaretama de todos nós”. Mas o que a história nos proporcionou foi
uma perseguição sem precedentes aos funcionários públicos com uma transferência
em massa dos mesmos, afastamento por seis meses de trabalhos dos seus locais de
origens e um resultado negativo nos índices educacionais. O resultado foi mais
uma vez o retorno dos Moraes ao poder prometendo ao povo uma administração “unidos
para reconstruir Ibaretama”. Mais uma vez o povo foi golpeado e o gestor
afastado por denúncias de corrupção.
Após
24 anos de equívocos administrativos e políticos temos a primeira mulher eleita
para gerir o município também representando os Queiroz, sua administração foi
apática, mas sem constatações de práticas de improbidade administrativa, entretanto
os índices sociais e econômicos não mostraram avanços e recebe da população uma
avaliação negativa do seu governo sendo massacrada nas urnas mais uma vez por
um Moraes.
Ao
chegar aos 29 anos de emancipação, acreditamos que todos os discursos que
levaram Ibaretama a sua independência política foi referendada por partes de
suas lideranças, um interesse político-eleitoral para a construção de um poder
local. Entretanto criou-se um regime oligárquico patrocinado pelas famílias
Queiroz e Moraes junto aos seus agregados. Assim, não há um projeto político estratégico
em função da população, acontece revesadamente uma retaliação do poder e um
assistencialismo político dos seus apadrinhados.
Concluímos
que as comemorações são adversas com a vontade da população e com o
desenvolvimento municipal que sofre de um raquitismo social, político e
econômico.
*Pedro Bandeira - Historiador e Professor da rede municipal de ensino de Ibaretama.
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