Por João Vieira Picanço*
Enquanto agente político, ele faz parte do poder legislativo,
sendo eleito por meio de eleições diretas e, dessa forma, escolhido pela
população para ser seu representante. Esta noção de representante da sociedade
está entre as noções mais caras dentre suas funções, pois as demandas sociais,
os interesses da coletividade e dos grupos devem ser objeto de análise dos
vereadores e de seus assessores na elaboração de projetos de leis, os quais
devem ser submetidos ao voto da assembleia (Câmara Municipal). Dessa forma, são
responsáveis pela elaboração, discussão e votação de leis para a
municipalidade, propondo-se benfeitorias, obras e serviços para o bem-estar da
vida da população em geral. Os vereadores, dentre outras funções, também são
responsáveis pela fiscalização das ações tomadas pelo poder executivo, isto é,
pelo prefeito, cabendo-lhes a responsabilidade de acompanhar a administração
municipal, principalmente no tocante ao cumprimento da lei e da BOA APLICAÇÃO E GESTÃO DO ERÁRIO, OU SEJA,
DO DINHEIRO PÚBLICO.
Essa deveria ser, realmente, a função do vereador eleito por
você de Ibaretama; aquele em quem você votou na intenção dele lhe representar e
fiscalizar as finanças públicas; dinheiro dos nossos impostos que serão
destinadas para saúde, educação, transporte, merenda, etc.
Em tempo de eleição, não faltam promessas nos palanques. O
apelo e a tentativa do convencimento por meio de promessas é um dos mecanismos
mais usados para lubridiar, engrupir, ilusinar, engambelar o eleitor. Na busca pela vitória não apenas
falam demais, mas prometem absurdos. Em todas as eleições, os candidatos vêm com as mesmas e já conhecidas promessas;
as mesmas desculpas e as mesmas “baboseiras”.
Os vereadores da base do prefeito não LARGAM O OSSO, estão sempre em pé-de-guerra em busca de
assegurar empregos para acomodar aliados e familiares; defendem tudo de
interesse do prefeito, mas contrário aos anseios da população. O que interessa
mesmo é o prestígio na administração para garantir uma fatia do bolo e
continuar “roendo o osso”.
Citamos como exemplo o desrespeito aos requerimentos dos
vereadores de oposição que deixam de ser atendidos. O prazo máximo é de 15 dias
e não pode deixar de ser respondido. É que diz a Lei Orgânica do Município. O
descumprimento da Lei Orgânica é motivo para uma CPI, mas sabemos que um pedido
desse não passa na Câmara, pois o prefeito tem maioria, tem o “rolo compressor”.
Falta transparência na atual administração e não sei se estão
tentando esconder alguma irregularidade.
Mas será que somente devemos ficar observando, nos
decepcionando, culpando o executivo, as autoridades omissas como se nada
pudéssemos fazer? Claro que não! É preciso que o eleitor tenha preocupação na
hora de votar; fazer uma análise profunda do candidato; se ele está ali para
defender seu projeto pessoal ou se ele está ali para defender o social. O Brasil
está mudando, o Ceará está mudando, temos que mudar Ibaretama. Não podemos mais
colocar velhas raposas para tomar conta do galinheiro. Só dá nisso!
O momento de insatisfação política deverá servir de reflexão
e criar uma formação, um senso crítico ao eleitor.
“A PERPETUAÇÃO É
AMBIVALENTE. PODE SER RUIM, POIS VIABILIZA A FORMAÇÃO DE GRANDES CACIQUES
POLÍTICOS, MAS TAMBÉM FUNCIONA COMO UMA FORMA DE PREMIAR AQUELES QUE TÊM
ATUAÇÃO DE DESTAQUE”.
Obviamente, as generalizações são
sempre equivocadas e por isso é certo ponderar que existem muitos candidatos
sérios e comprometidos. No entanto, a história da política de Ibaretama
confirma a existência permanente de políticos de ocasião, oportunistas e de
caráter duvidoso.
Daí a necessidade do desenvolvimento
de uma consciência política cada vez mais apurada e aguçada, pronta para
descartar o voto nesses indivíduos e para confirmar o apoio aos que realmente
desejam uma cidade melhor para todos. Por isso, votemos conscientes.
Pense, reflita.
João Vieira Picanço, é advogado, ex-parlamentar do município de Ibaretama e atualmente presidente municipal do PDT de Ibaretama.
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