Por Getulio Freitas
“Se após meia hora de jogo você não identificar quem é o
pato, é porque você é o pato...”.
Ultimamente
tenho refletido sobre algumas coisas que tenho ouvido, lido e que me têm feito
nesse momento vomitar algumas coisas, como diria um amigo meu Filósofo.
Confesso que realmente estou confuso e incomodado com o que seja realmente
certo e errado, bom e ruim, honesto e desonesto. Será que estou num conflito
ético, ou perdi a capacidade de julgar os fatos? Pergunto-me, tendo em vista
esse conflito, sobre o que pode incidir sobre uma autorreflexão que conduza a
uma opinião critica? Como fazer parte de algo e ao mesmo tempo poder emitir uma
opinião sincera, crítico-reflexiva sobre isto? É possível?
Tempos atrás, durante um debate acadêmico,
entrei no mérito de defender nosso poder de julgamento. Não o de julgar
pessoas, mas de julgar fatos, opiniões e acontecimentos que nos compete emitir
uma opinião enquanto cidadão. Mas vejo que emitir uma opinião nesse meu Brasil,
ainda é algo completamente perigoso. E reparem que o tempo todo somos convidados,
meio que obrigados, impelidos a julgar entre um pensamento e outro, sobre o que
falar e o que não falar. Decidir compreende um forte processo de julgamento.
Para se decidir aonde ir, logo julgamos as atenuantes e agravantes que incidem
sobre ir ou não a certo lugar ou a fazer certas coisas. A vida é um complexo
jogo de julgamento, decisão. Julgar é uma complexa equação com diversos termos
para balancear.
Estou
achando deverasmente interessante a diversidade de blogs em Ibaretama. Uns que
defendem que a Administração Pública deste citado município está muito boa e
outros que divulgam as falhas da administração, que não são poucas e nunca
foram. Uns que prometem divulgar as boas ações de natal da prefeitura municipal
e dentre outras rasgações de seda de pessoas que se não me engano, trabalham na
própria administração. Isonomia? Parcialidade? Se estas senhoras forem
encontradas, será mera coincidência!
Navegando
na net encontrei uma frase de Stu Ungar, um jogador brilhante jogador de Poker,
que ri muito ao ler e que no momento coube perfeitamente nessa linha de
pensamento: “Se após meia hora de jogo você não identificar quem é o pato, é
porque você é o pato...”.
Acredito que a frase fala por si só!
Sou cidadão e não tenho o dever de defender
nenhuma Administração Pública e muito menos pegar “pompomzinhos” e dá uma de
chefe de torcidas em frente ao paço municipal e mais ainda, curtir a página no
Facebook, afinal quando fui às urnas, fui esperando que fizessem realmente
entrar em todas as casas o tão sonhado estado de bem estar social.
Posto que existe todo um normativo a obedecer,
o Direto Administrativo, quando se é um
ente publico, força motriz da Administração Publica, logo concluo que o
esperado seja o seu cumprimento e não é surpresa o seu cumprimento, mas o
descumprimento que deve ser totalmente passivo de criticas de todos que prezam
pela razoabilidade. Então quando este ente faz algo bom para a administração,
está apenas cumprindo seu papel e não deve sofrer de baixa autoestima e carecer
de elogios para continuar fazendo-o. Isso se dito gestor é uma pessoa madura e
não mais um “robert” atrás de autopromoção às nossas custas.
Então caros amigos, se a Administração Publica de onde você mora não
esta cumprindo o mínimo do seu objetivo. Cobre, critique e não se intimide e
veja o quão vale entregar seu poder de opinião, seus valores, sua dignidade em
troca de um salário no fim do mês. E se realmente precisar se submeter, fique
calado e reflita sobre o que é certo ou não e aprenda sobre o que não ser ou
fazer. Faça disso um aprendizado!
Getulio Freitas é gerente do setor de ligações novas de Grandes Clientes da COELCE, estudante de Administração pela Universidade Federal do Ceará.
Getulio Freitas é gerente do setor de ligações novas de Grandes Clientes da COELCE, estudante de Administração pela Universidade Federal do Ceará.
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