sábado, 30 de dezembro de 2017

Editorial: O rei ignora o grito do povo e ainda os obriga a aplaudir

2017 seria um ano a ser esquecido pelos ibaretamenses, no entanto, esquecer é se preparar para errar novamente.

O que dizer neste fim de ano para os nossos leitores, que acompanharam nossas páginas em mais de 300 mil clicks só este ano em conteúdos que somente aqui tiveram a oportunidade de ler, refletir, aprender e ter com exclusividade assuntos que nenhum outro meio de comunicação será capaz de trazer. É aqui, nestas páginas, que o povo se identifica, reclama e elogia livremente sem o crivo do poder.


Somos um poder, o quarto poder, que está mais próximo do povo, levando a informação e dialogando com a sociedade, somos capazes de cobrar, criticar e pressionar os poderes executivo, legislativo e judiciário para que ajam de acordo com os ditames da lei e beneficiando a sociedade de forma igualitária.

Vivemos um 2017 histórico, Ibaretama presenciou o maior caos administrativo da história em um primeiro ano de governo, enquanto isso, outros poderes dormiam e ainda dormem, teve um ministério publico apático e sem ação, direitos constitucionais foram violados, A Câmara de Ibaretama desrespeitada a todo instante e até aqui o Rei gritou e bradou que faz o que bem entende e ainda não encontrou o seu algoz.

Foram poucas as reações, vindo de uma eleição com grande apoio popular, o Rei viu sua popularidade despencar e mesmo assim ainda dita às regras, sim, chamo de rei, pois na monarquia só existe o poder do rei, os outros reagiram pouco quando a coroa deixou que a plebe e os operários ficassem sem salário e tivessem retirados direitos.

Vem mais em 2018, o fechamento de escolas é uma estratégia rasa para retirar mais direitos, a ampliação de professores está ameaçada, ou você leitor não percebeu ainda que é esta a estratégia, com o mínimo de escolas a necessidade diminui e eu o Rei dará o golpe de misericórdia nos profissionais de educação.

O que esperar de um governo que fecha escolas? É triste acompanhar os bastidores da política local e ver que interesses pessoais se saem sobre a coletividade, o povo precisa reagir, respondendo com força e indignação nas redes sociais, na imprensa e com ações no próprio judiciário.

Neste fim de 2017 a Câmara de Ibaretama esboçou uma reação, esperamos que assim permaneça, o ibaretamense, aos poucos ganha responsabilidade, ganha força, quando reclama, cobra, critica e se manifesta pelo coletivo, somos uma terra de gente hospitaleira e acima de tudo aguerrida.

Não é fácil viver em um município onde a politicagem se sobressaí a competência e ao dinamismo da democracia, aos poucos, vê-se reações no país e o município também precisa acompanhar essa mudança.  A plebe que ainda aplaude o Rei lembre-se ao bater a mão na outra daqueles que hoje estão sem ter nada em sua mesa pela falta de responsabilidade administrativa.


Esperamos melhoras em 2018, que o reinado se desfaça e que os poderes funcionem, pois permaneceremos cumprindo o papel do quarto poder, mesmo que os outros persigam, processem e ameace com as armas dos poderes constituídos, o que deveria proteger a liberdade torna-se algoz, nada disso importa o que importa é a firmeza do nosso compromisso com a informação que continuará a cobrar dos poderes para que o reinado se transforme em republica.  

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