Por João Vieira Picanço
Hoje amanheci saudoso dos meus tempos
de menino. Era feliz e não sabia. Como era boa a ingenuidade e a alienação. Mas
que jeito? Cresci. Nada pude fazer. Assisto hoje cedo o Bom Dia Brasil e que
decepção. Que tristeza. Vontade de voltar novamente ao ventre da minha mãe. Aí
me lembro do que me foi ensinado na infância: - Senhor, que devo fazer para
entrar no reino de Deus? - Em verdade, em verdade te digo que todo aquele que
não nascer de novo não entrará no reino de Deus. (Jesus com Nicodemos).
Aí vejo que realmente precisamos nascer
de novo como pessoas, como eleitores, como corresponsáveis por esse desastre no
nosso país. Todos os dias informações de desmandos, roubos, desvios, corrupção
e malversação do dinheiro público. Como eram bons e poucos os ladrões da minha
infância: ali babá, bafo de onça, os irmãos metralha, o rato jerry. Atualmente
nem consigo nomear todos os cruéis ladrões: Temer, Jader, Renan, Gedel, Aécio,
Serveró, Cabral etc. Na minha infância acreditava que os políticos se
inspiravam na música do Padre Zezinho "AMAR COMO JESUS AMOU":
"Amar como Jesus amou
Sonhar como jesus sonhou
Pensar como Jesus pensou
Viver como Jesus viveu
Sentir o que Jesus sentia".
E hoje vejo que se inspiram em Augusto
dos Anjos em "VERSOS ÍNTIMOS":
...O beijo, amigo, é a véspera do
escarro,
A mão que afaga é a mesma que
apedreja...
É triste como cidadão, como brasileiro,
como politico estarmos nessa arquibancada assistindo esse desfile de demagogia,
de roubalheira e de impunidade. E ao invés de dançarmos de alegria na arquibancada
estamos letárgicos, catatônicos, desorientados, abestalhados, talvez sofrendo
de estresse pós-traumático. Parafraseando Odorico Paraguassu, de "O BEM
AMADO", não temos políticos sérios. Temos atores mal-caratistas encenando
a peça A DESGRAÇA ANUNCIADA.
*João Vieira Picanço é Advogado, Presidente do Partido Democrático Trabalhista - PDT, Ex-parlamentar e milita na política ibaretamense há 19 anos.
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